Review | Just Cause 4

Just Cause é uma franquia marcada por diversos altos e baixos e que, apesar dos obstáculos enfrentados, acabou conquistando uma audiência grande o suficiente para justificar quatro jogos da saga. Protagonizada por Rico Rodriguez, um agente da CIA que ajuda a libertar países governados por ditadores.

Na quarta aventura de Rico, o propósito do jogo é basicamente o mesmo, libertar um país enquanto o protagonista manda tudo, literalmente, pelos ares. A novidade no enredo do título é que dessa vez existem menções ao pai do protagonista, porém nada realmente profundo ou digno de nota. Em nenhum momento o jogo se leva a sério e o enredo acaba sendo um pequeno aditivo para justificar o imenso parque de diversões que é oferecido aos jogadores.

Os personagens e os diálogos da história parecem ter saídos diretamente de um filme de ação dos anos 80. Se o jogador não levar a obra a sério, com certeza vai se divertir bastante. O principal e maior defeito de Just Cause 4 são as missões mal estruturadas que quebram o ritmo do jogo e geram frustração nos jogadores. Extremamente repetitivas, os objetivos praticamente não se alteram ao longo do jogo, dando a sensação de estar fazendo sempre a mesma coisa. Em um jogo com sistemas tão fora da caixa, é triste não ver o mesmo empenho num dos principais componentes de um jogo com foco na campanha.

Em relação a jogabilidade, Rico tem acesso a diversas armas para concluir sua missão. Apesar da existência de inúmeras armas de fogo no game, as duas principais armas de Rico são um gancho praticamente mágico presente nos outros jogos da franquia e a adição dos paraquedas. Pra deixar claro o quanto o game é insano, dá pra acoplar um paraquedas em praticamente toda e qualquer estrutura do jogo, o que inclui paredes, árvores, carros, outdoors e por aí vai.

No quesito gráfico, o visual do game deixa claro que não se trata de uma produção com um orçamento generoso e por muitas vezes a sensação que fica é a de estar jogando uma obra da geração anterior.

Conclusão

Just Cause 4 oferece um imenso parque de diversões recheado de explosões e insanidades que proporcionam uma grande dose de diversão aos jogadores. No entanto, os aspectos técnicos envolvendo gráficos e desempenho deixam a desejar, entregando uma experiência que poderia facilmente ser confundida com algo da geração anterior de consoles. O design das missões e o storytelling são terríveis, quebrando qualquer possível tentativa de engajamento com a história. É recomendável esperar uma promoção antes de adquirir o game.

Esta review foi feita com um código do jogo para Playstation 4 cedida pelo representante da Square Enix.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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