Ted, um ursinho nada pimpão

Estreou essa semana em terras tupiniquins o filme Ted, a primeira experiência cinematográfica de Seth MacFarlane, o homem gênio por trás de Family Guy (Uma Família da Pesada).

O filme conta a história de John Bennett (Mark Wahlberg ) um garoto solitário que vê o seu desejo de natal se realizar: o seu ursinho de pelúcia ganha vida. A partir daí, ele e seu urso Ted constroem uma grande amizade que dura até a idade adulta. Essa amizade é testada quando Lori (Mila Kunis), a namorada de 4 anos de John, começa a querer algo mais sério no relacionamento.

Como não podia deixar de ser, a trama é repleta do que MacFarlane tem de melhor para oferecer: piadas politicamente incorretas, cenas de sexo, um pouco de porrada e muitas, muitas referências a cultura pop e ao universo nerd. Ted é um urso insano, viciado em entorpecentes, sempre pronto para uma cerveja ou para pegar uma gostosa (sim, Ted deve pegar mais mulheres do que você, leitor). John, apesar de ter um emprego e um relacionamento sério, é sempre influenciado por Ted, e acaba nunca conseguindo se tornar verdadeiramente um adulto responsável. O interessante é que, apesar do enredo um tanto fantástico, a imagem de Ted como um brinquedo que ganha vida se torna aceitável dentro do universo do filme. Outro ponto importante é que a trama não se prende apenas ao humor escrachado, ela mistura também um pouco de drama (chorei no filme, não me julguem) e até mesmo tenta ensinar uma pequena lição de moral aos espectadores.

Além de ser diretor e um dos roteirista, MacFarlane também empresta os seus talentos como dublador de Ted. O elenco conta ainda com a participação de Joel McHale (em um papel muito parecido com o seu Jeff de Community), Giovanni Ribisi (totalmente creepy!), Jessica Barth e Norah Jones. Um destaque especial para a participação do galã Ryan pior-lanterna-verde Reynolds, de Sam J. Jones como Flash Gordon e do Professor Xavier Patrick Stewart como narrador da trama.

Claro que o filme não é perfeito, tem algumas quedas de ritmo do meio pro final, e talvez um pouco de “magia” demais no desfecho, mas ainda assim considero um ótimo longa por um único motivo: cumpre o que promete e te faz rir do início ao fim. É bom ver que com talento e criatividade até as ideias mais inconcebíveis podem se tornar um bom entretenimento.

ALERTA: o filme contém piadas de peido. Sério.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *