Review | Onimusha: Warlords

Lançado originalmente em 2001 para o Playstation 2, Onimusha: Warlords acabou fazendo um grande sucesso, transformando a franquia em uma “queridinha” da Capcom na época. Estruturado como um game de ação com temática samurai, o jogo recontava a história de Oda Nobunaga, uma das figuras mais importantes do Japão Feudal.

Apesar do sucesso e dos milhões de fãs ao redor do mundo, a franquia acabou caindo no esquecimento, com o último jogo principal Onimusha: Dawn of Dreams sendo lançado em 2006. 13 anos depois, a Capcom pretende se reaproximar com os fãs da franquia através da remasterização de Onimusha: Warlords.

O Enredo

Por se tratar de uma remasterização, e não de um remake, a história do jogo não sofreu nenhum tipo de alteração. Em resumo, recebemos uma carta da princesa Yuki, prima do protagonista Samanosuke. Na carta, Yuki diz que seus servos estão desaparecendo do castelo de forma misteriosa e que ela suspeita que monstros são os culpados. Ela pede a ajuda do primo antes que ela se torne uma das vítimas.

Como um bom samaritano japonês, Samanosuke parte para o castelo da prima ao lado de Kaede, uma ninja habilidosa que o auxiliará em sua jornada. Ao chegar, o herói encontra sua prima desacordada e diversas criaturas Genma (demônios). Em um confronto com um poderoso Genma chamado Osric, Samanosuke é visitado pelos Doze Oni, onde ele consegue o poder para derrotar os Genmas e absorver suas almas através de uma manopla.

O bizarro Osric, primeiro chefe do jogo

Apesar de conter uma dose grandiosa de mitologia japonesa, o game também conta com pequenos trechos que remetem a história real do Japão Feudal. Pra quem curte um enredo de ponta, Onimusha: Warlords é uma excelente pedida!

De “Cara” Nova

Assim como a história, as mecânicas de jogabilidade não tiveram alterações. As habilidades, sistema de combate, localização dos itens, diálogos são os mesmos do jogo original. As novidades ficam mais por conta da performance do jogo e acessibilidade.

Os gráficos sofreram um leve upgrade, com definição em HD, agora é possível adotar um modelo de tela widescreen e o game recebeu suporte para controles analógicos, permitindo que os jogadores movimentem o personagem com o uso das alavancas. A trilha sonora também foi remasterizada e se tornou ainda mais incrível, principalmente pra quem vai se aventurar pelo universo do game com um fone de ouvido.

No campo da acessibilidade, a adição mais notável foi o desbloqueio da dificuldade Fácil desde o começo do jogo. No jogo original, a dificuldade só podia ser selecionada após morrer para o chefe Osric após três vezes.

O Futuro da Franquia

Tudo indica que a remasterização do primeiro Onimusha tenha sido um teste feito pela Capcom para testar a receptividade do jogo e o índice de interesse dos fãs da franquia. Caso o game tenha um desempenho satisfatório nas vendas, não será nenhuma surpresa ver a remasterização dos outros jogos da saga.

A publisher também pode arriscar fazer um remake, o que não acredito que seja o caso, ou um game completamente novo da franquia, adotando gráficos e mecânicas da geração atual de consoles. Resta esperar, e torcer, para que a saga volte com todo vigor, afinal, a temática samurai está super em alta.

Conclusão

Apesar de não apresentar melhorias substanciais, a remasterização de Onimusha: Warlords é uma excelente desculpa para revisitar uma das franquias mais amadas da indústria de jogos. Com uma boa história, mecânicas que envelheceram bem e chefes desafiadores, o game deve agradar a todo e qualquer fã do gênero ação/aventura.

Esta análise foi feita com um código do jogo para Playstation 4 cedido pelo PR da Capcom.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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