Review | Days Gone

O gênero de zumbis não é nenhuma novidade, com diversos filmes, séries e jogos, os mortos-vivos são velhos conhecidos do público. Já o universo das gangues de motocicletas, ainda que muito bem representado em obras como Sons of Anarchy (uma das melhores séries de todos os tempos, é bem, menos explorado, mas não menos interessantes.

Assim, explorando estes dois gêneros promissores, Days Gone busca trazer uma experiência imersiva e intensa ao misturar um universo repleto de zumbis com a cultura e os costumes das gangues de motocicleta.

Zombies of Anarchy

No game, nos acompanhamos a história de Deacon St. John e seu parceiro de clube, Boozer, que lutam para sobreviver em um universo devastado por mortos-vivos. No entanto, como em toda premissa que envolve um mundo pós-apocalíptico, os vivos também representam uma grande ameaça para os personagens.

A dinâmica entre Deacon e Boozer é bem interessante, especialmente para quem conhece um pouco da cultura dos clubes de motocicleta. Membros destas gangues costumam desenvolver laços fortes e não é diferente com os personagens do games.

Em busca de recursos

Como não poderia deixar de ser, a busca por recursos é uma grande parte da campanha de Days Gone. Tudo tem valor e deve ser usado com parcimônia no game, até mesmo a gasolina de sua moto, o que torna o game ainda mais envolvente e verossímil.

A luta por sobrevivência de Deacon envolve não só escapar dos humanos e dos mortos, mas também garantir que não lhe faltem suprimentos, seja para sua proteção, locomoção ou sobrevivência.

Universo vasto

A imersão em Days Gone é um ponto bem interessante. Condizendo com o contexto do game, o universo não tem muito movimento e a maior parte das áreas estão desertas, exceto por alguns zumbis ou sobreviventes. Contudo, isso ajuda a tornar o ambiente ainda mais imersivo e envolvente.

Andar por locais abandonados, buscando suprimentos e tentando não ser visto por ameaças próximas confere ao jogo momentos extremamente divertidos. Se aproveitando do stealth, o game também ajuda a trazer dinamismo, tornando sair atirando para se salvar apenas mais uma opção.

Dentre as diversas surpresas que o mundo guarda, é possível se deparar com verdadeiras “tocaias” de infestação zumbi ao explorar alguns lugares mais escondidos, sendo quase impossível escapar desta horda. Então é sempre bom ter cuidado ao explorar.

Have it your way

Lembrando um dos maiores games do gênero de sobrevivência, The Last of Us, Days Gone implementa muito bem a possibilidade de múltiplas formas de se concluir uma missão. Existem momentos onde o jogador pode escolher se prefere “limpar geral” ou ir na surdina.

As mecânicas de jogabilidade do game também estão bem refinadas e o controle funciona muito bem para ambas as situações.

Riding through this world…

Pilotar a sua moto pelas terras desertas deste mundo pós-apocalíptico é uma grande parte do game. Com um mapa extenso, mas não impressionante, o game traz diversas regiões repleto de locais para explorar e itens para pegar e surpresas para encontrar.

O controle da moto está bem feito, apesar de em alguns poucos momentos parecer um pouco “truncado” ou atrapalhado. Mas de modo geral funciona muito bem e dirigir pelas trilhas ou estradas é algo bem prazeroso, a menos que esteja fugindo de ameaças.

A moto de Deacon em si também é um elemento essencial para a campanha. Com a possibilidade de incrementos e modificações, ela vai evoluindo assim como o personagem ao longo de toda a história, ampliando ainda mais as possibilidades.

Conclusão

Misturando gêneros bem interessantes, Days Gone entrega uma ótima história em meio a um game competente com jogabilidade redonda e um universo muito bem construído.

Mesmo não sendo um game propriamente baseado em The Walking Dead ou em Sons of Anarchy, o jogo certamente agradará muito aos fãs de ambas as séries.

Days Gone está disponível para Playstation 4.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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