Review | Fall of Light: Darkest Edition

Fall of Light: Darkest Edition é um jogo de ação com elementos de RPG desenvolvido pelo estúdio RuneHeads e publicado pela Digerati. O jogo foi lançado em 2017 no PC e chegou aos consoles no dia 21 de Agosto de 2018.

O Protetor

Inspirado em jogos como ICO e Dark Souls, Fall of Light: Darkest Edition é o resultado do trabalho de duas pessoas. Levando isso em consideração, chega a ser impressionante o resultado final entregue pelo estúdio RuneHeads. Estruturado como um dungeon crawler, no caso, um labirinto imenso repleto de calabouços e puzzles, o principal objetivo do jogo é escoltar Aether, a filha do protagonista, até o último local seguro da Terra.

Após o embate épico de Luce, a Deusa da Luz, contra o poderoso feiticeiro Tormento, as sombras prevaleceram na Terra e o mundo entrou na Primeira Era da Escuridão. Coberto de guerras e seres terríveis, cabe ao protagonista proteger sua filha, que possui poderes especiais, e encontrar um lugar seguro para viver. O corpo de Aether emana uma aura especial que ativa Altares e aumenta o poder de ataque do seu pai. Graças a mecânica de escolta, é possível emitir o comando para Aether ficar imóvel ou até mesmo dar as mãos com a garota e avançar pelo mundo do jogo.

O contexto do mundo é apresentado via uma cutscene logo no começo da jornada, no entanto, após esse trecho a história é contada de forma subjetiva, de forma similar a Dark Souls. O tutorial acontece por meio de mensagens escritas no chão, recurso também presente na série Souls. O upgrade do personagem ocorre após matar uma série de inimigos que vão enchendo uma barra. Ao completar a barra, o jogador deve ir até um Santuário, que é ativado por Aether, e realizar o upgrade. Mudar de nível aumenta a barra de HP do personagem, algo extremamente útil durante a aventura.

Espada sem Fio

Apesar das nobres inspirações em franquias grandiosas, a experiência em Fall of Light: Darkest Edition é arruinada graças a sua terrível mecânica de combate. O jogo copia a fórmula Souls, apresentando uma barra de stamina que limita as opções de ação, mas, o formato não combinou nem um pouco com o jogo. O personagem só pode usar dois tipos de ataque, um ataque leve e um pesado, tornando toda a experiência bastante limitada e sem sal. Apesar de permitir que o jogador utilize armas diferentes, a mecânica base não se modifica durante o jogo: atacar, recuar, recuperar a stamina e atacar novamente até que o inimigo morra.

O gameplay se torna ainda pior graças ao enorme input lag que existe no jogo. Ao lançar um golpe, leva cerca de 1.5 a 2 segundos para o golpe atingir o inimigo, além disso, mesmo estando próximo, nem sempre o golpe acerta o inimigo, gerando frustração no jogador. Como se já não bastasse todos os problemas, os controles são terríveis e nem um pouco responsivos, causando mortes acidentais com frequência. Por muitas vezes, apertar repetidamente um botão não surtiu efeito algum, causando a morte do protagonista. Felizmente o problema pode ser resolvido com aplicação de um patch (que até agora não foi disponibilizado).

O level design também não é dos melhores.  Os caminhos tendem a ser bem lineares, deixando pouquíssimo espaço para exploração. Muitas vezes, um caminho que parecia ser opcional acaba sendo inacessível graças a paredes invisíveis ou simplesmente por terem buracos invisíveis no caminho. A exploração de Fall of Light: Darkest Edition faz os jogadores indagarem se o jogo teve tempo suficiente em desenvolvimento.

Conclusão

Fall of Light: Darkest Edition tinha tudo para entregar uma excelente experiência de dungeon crawler com câmera isométrica, no entanto, o jogo acaba se perdendo em mecânicas mal aproveitadas e um sistema de combate repleto de falhas e truncado que anulam qualquer possibilidade de diversão. O jogo pode ser adquirido na Playstation Store (R$45,90), Xbox Live (R$29,00) e Steam (R$27,99).

Ruancarlo Silva

Apaixonado por Jogos, principalmente por Indies! Você me encontra lá no Twitter: @ruancarlo_silva

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