Review | Death Stranding (PC)

Estamos em uma era, onde muitos jogos de console estão ganhando espaço nos PCs. Muitos jogos antigos e “novos” estão vindo para a Steam ou para a famigerada Epic Games e a perspectiva é promissora para a galera #MasterRace.

Temos uma quantidade ainda pequena, mas analisando todo o panorama, acredito que esse relacionamento (console – PC) vai se estreitar ainda mais com as publishers entregando e agregando seu conteúdo (mesmo que com ports) para PC. Obviamente, é o caso do Death Stranding. Lançado para PC (Steam e Epic Games) no dia 14 de julho, o jogo vem sendo agraciado com muitas reviews positivas nas respectivas plataformas e isso não vai ser diferente aqui! Praticamente não existe um ponto negativo no geral! Mas vamos ao que importa!

O jogo conta a história de Sam Bridges e a sua jornada completamente desesperada e melancólica para entregar ferramentas de produção e comunicação em todo os Estados Unidos para a empresa Bridge. Tudo isso para tentar reverter a situação com os EP’s, fantasmas do “outro lado da vida” que ainda estão ligados ao mundo físico e que trouxeram o “fim do mundo”.

Sam Bridges é um DOOM, um humano que tem uma sensibilidade muito grande para esses EP’s e pode sentí-los sem os BB’s (Bridge Babies). Ele precisa enfrentá-los e saber como aconteceu o fim do mundo e como tudo está interligado. Sua família (que é dona da Bridge), as pessoas que conhecerá durante a sua jornada, suas entregas e as suas batalhas, farão você (Sam), refletir bastante durante todo o jogo.

Como é o padrão Kojima, o enredo do jogo é bem confuso para despistar completamente quem está jogando e se envolvendo na história. Mas é justamente aí que o jogo brilha de maneira intensa! Durante a gameplay, você precisa se envolver com as pessoas, conectar locais e pessoas à matriz da Bridge, e é isso que faz você refletir. O próprio jogo diz: “você precisa se conectar”, “precisamos de união” e une as duas coisas: história e gameplay, numa maestria única.

Você está interligado numa “rede neural” e tudo o que você faz influencia todo mundo no jogo. Quando digo todo mundo, é todo mundo mesmo! Todas as pessoas no mundo que estão jogando Death Stranding, estão conectadas e isso é maravilhoso! Você pode fazer entregas que foram deixadas por outras pessoas, abrir caminho para elas, receber ajuda em alguma área que está complicada e assim vai.

Uma das coisas da jogabilidade é a sua forma para arrumar o seu carregamento. Tudo o que você carrega pesa no seu corpo, obviamente, e é necessário ter uma boa organização para não derrubar e danificar todas as entregas. Seja lutando, fugindo, correndo, subindo ou descendo de qualquer lugar. Com o decorrer da play, você consegue melhores itens e consegue carregar mais coisas e entregar com uma melhor qualidade tudo o que você é incumbido de transportar. (chega de piada de entregadoras e transportadoras hahahahaha)

A gameplay + história deixa uma crítica muito interessante a todo um cenário atual de redes e convenções sociais e é uma das masterpieces do Kojima realmente. O sentimento de comunidade precisa ser valorizado em todos nós para que o jogo funcione perfeitamente. É imprescidível a interação com outras pessoas e outras realidades para que você entenda o sentido do jogo e da sua própria existência enquanto indivíduo (filosófico até demais, mas é a true da true).

A direção de arte continua no mesmo nível que a série Metal Gear, onde você explora o ambiente, as paisagens, a trilha sonora e os personagens, pois, tudo no game, te dá uma sensação de que você precisa fazer isso. É como se você ouvisse a musica, se envolvesse nas missões/side quests, no sentimento de conexão e precisasse explorar mais ainda.

Talvez, aí, neste mesmo ponto de exploração, seja a única crítica que podemos fazer ao jogo. Para o jogo caminhar e ficar divertido de se explorar, você precisa passar umas boas horas “monótonas” de entrega e de história, para entender como o jogo funciona, e todas as possibilidades que ele oferece. A única coisa que o jogo pede é: paciência. Isso é fundamental para que o jogo tenha uma continuidade natural para você. Só.

Agora, falando de otimização, particularmente, se é um port ou não, eu realmente não sei. Mas, consegui rodar o jogo com todos os atributos no baixo e consegui fazer stream dele normalmente sem engasgos, travamentos ou crashes. Depois de uma atualização (acredito que a primeira), enfrentei dois crashes e nunca mais tive empecilho. Tudo isso a 60fps no low e a 1920×1080, numa 1050ti 4GB.

As vezes as specs requisitadas pedem um pouco mais, mas acredito que um 1800x da AMD como processador, 16gb de ram e uma 1050ti sejam suficientes para você rodar o jogo numa qualidade satisfatória pra a sua realidade Como eu fiz stream, coloquei tudo no low e consegui um excelente resultado. Se você não for fazer stream, talvez esse resultado ainda possa ser melhor do que o esperado!

Poder jogar uma história tão “estranha”, é, de certa forma uma motivação para o gamer que curte jogos single player com um enredo cativante. Death Stranding é, perfeitamente, uma peça que arriscarei dizer que: todo mundo precisa jogar.

Está disponível pra PC na Steam e na Epic Games!

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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