Uma nova vida no cinema para canções antigas

Recentemente foi lançado o trailer de Thor: Ragnarok, embalado pela canção Immigrant Song do Led Zeppelin, mostrando mais uma vez como a trilha sonora pode ajudar nas expectativas em relação ao filme. As trilhas sonoras sempre foram algo marcante para o cinema, impossível não cantar Time of My Life junto com Patrick Swayze na cena final de Dirty dancing, ou não visualizar Kevin Bacon dançando ao som de Footloose.

Para a trilha sonora ser marcante, ela não precisa necessariamente ter sido feita para o filme, como por exemplo a música do The Verve, Bittersweet Symphony, utilizada no filme Segundas IntençõesNeal Moritz, produtor do filme, falou em uma participação em um Podcast Americano que a trilha sonora quase custou o valor do filme na época. Segundas Intenções foi um sucesso na década de 90, estrelado por Ryan Phillipe, Reese Whisterspoon e Sarah Michelle Gellar, a Buffy, e é praticamente impossível imagina-lo com outra música.

O lançamento de Guardiões dá Galáxia, acabou trazendo de volta esta atenção especial às músicas utilizadas tanto na divulgação quanto nas cenas. Com sua trilha batizada de Awesome Mix, o filme conseguiu passar exatamente a sensação de diversão e nostalgia proposta pelo longa, feito que foi Repetido no trailer de sua sequência, utilizando Fox on the Run do Sweet, alavancando o número de downloads da música na semana de lançamento do trailer.

Star Trek – Beyond, também utilizou sua trilha como parte integrante da história, com Sabotage do Beastie Boys (música que já havia marcado presença no primeiro filme do reboot), assim como em Guardiões a música foi essencial para solução dos problemas dos personagens.

Hoje não faltam exemplos do uso de músicas que já ganharam o público há décadas para alavancar filmes. Já tivemos Bohemian Rhapsody, do Queen, sendo utilizada em Esquadrão Suicida, Come together dos Beatles no trailer da Liga da Justiça e o já citado acima, Thor Ragnarok. A série Stranger Things é um exemplo fora das telonas de que as canções podem ter uma forte presença na obra.

Outra exemplo de série recente com uma excelente escolha nas canções é Legion, que utiliza toda a sua trilha como uma espécie de auxílio na compreensão do personagem principal, David Haller, que teve muito de seu comportamento ditado pelo álbum Dark side of The Moon do Pink Floyd.

Esperamos que esta tendência continue e que as trilhas sejam cada vez mais utilizadas de maneira eficaz, para que assim possamos levar nossas experiências no cinema além das quatro paredes das salas de exibição.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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