Top 5,5: Brincadeiras de Criança

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Semana passada, enquanto faltava luz em todo o Nordeste e eu estava pensando que morreria de tédio, comecei a lembrar o que as pessoas faziam quando não existia eletricidade e, principalmente, o que eu fazia para brincar sem computador e vídeo-game… então, sai mais um Top de saudosismo! Porque bom é ser feliz com o Molejão!

E, sinceramente, eu entendo porque as pessoas tinham tantos filhos antigamente… ficar no escuro, com luz de vela e sem nada para fazer é muito ruim (não dá para ler direito, não tem TV, internet, nada!). Ai a galera se ocupava na brincadeira da tomada. Mas vou falar das brincadeiras de criança e não das de gente grande.

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 – Acho que toda criança normal (bom, antigamente pelo menos), gostava de brincadeiras que permitiam correr e mostrar que você é esperto. Então brincar de esconde-esconde (ou sei lá como se chamava na sua região) era uma possibilidade perfeita para isso.

Como eu morava naqueles condomínios de prédio mais simples (sou gente humilde, do povo), a criançada podia correr livremente e encontrar diversos lugares para se esconder. Claro que com o tempo aqueles locais “padrão” acabavam ficando marcados, mas ainda assim era muito divertido. Ruim mesmo era ser o cara que contava…

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 – Como o Eduardo (marido da Mônica), eu tive o prazer de conviver toda a minha infância com meu avô e, dentre as várias coisas divertidas que fazíamos juntos, nós também jogávamos futebol de botão como o protagonista da famosa música.

Um jogo/brinquedo que praticamente morreu nas novas gerações, o “botão” permitia que você simulasse aqueles jogadores do seu time favorito e assim fizesse os mais bonitos gols… coisas que foram totalmente substituídas pelos PES e FIFAs anuais.

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 – No conjunto de prédios onde eu morava, desde muito tempo o “pega-pega” (ou o nome você dava para uma pessoa correndo atrás de várias) foi logo substituído pelo policia e ladrão, nessa “modalidade” um grupo corria atrás de outro, tendo que prender e etc. Como nossos prédios tinham uma ótima “entrada” que servia de cela e um pátio para a correria, isso funcionava muito bem.

O “problema” é que o tempo passou e o jogo acabou mudando para “menino pega menina” ou vice-versa, nem preciso explicar que esse modelo já tinha algumas segundas intenções, né? Principalmente por parte de quem sugeria a brincadeira.

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 – Mas como nem todo dia fazia Sol e nem sempre eu podia brincar na rua (e também por ser o mais novo dos primos) desde cedo eu sempre gostei dos famosos jogos de tabuleiro que os “mais velhos” traziam, principalmente os clássicos War, Banco Imobiliário e Scotland Yard (meu favorito).

De modos distintos, todos esses jogos faziam você pensar e te mostravam várias opções lógicas a se seguir e, pensando bem, acho que podem ser considerados os pontos mais “nerds” dos brinquedos não virtuais.

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 – E haviam dias que eu não podia sair, que não tinha ninguém para ir brincar e, como única criança da casa, só me restava uma opção: bonequinhos!

Não vou chamar de “action figures”, porque isso é coisa de gente velha… e também porque meus preferidos eram os Playmobils. Como eu tinha um bom número deles (e algumas peças de LEGO e bastante pedaços de isopor) eu conseguia recriar meus universos favoritos de desenhos, filmes, etc. Isso, sem falar é claro, nos Comandos em Ação e bonequinhos de heróis (como HomemAranha e Batman) Era um exercício enorme de imaginação e, provavelmente, uma das coisas que mais trabalhou minha criatividade até hoje. Sinto saudades de sentar e ficar brincando com bonequinhos toda vez que vejo um priminho/sobrinho fazendo isso.

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0,5º – Tenho que assumir: eu nasci com dois pés esquerdos. Então, apesar de adorar futebol, sendo viciado em versões virtuais do esporte (e viciado em botão quando novo), eu nunca me dei muito bem nas partidas com os amigos.

Sendo assim, quando a “brincadeira do dia” era “bater o baba” (expressão usada somente em Salvador para “jogar bola”), eu já ficava triste, sabendo que seria o último a ser escolhido e que provavelmente gritariam comigo por ter feito algo errado. Complicado não nascer com habilidades para o que, ainda é, praticamente o único esporte facil de ser praticado por crianças

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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