Review | Uncharted: The Lost Legacy

Uncharted: The Lost Legacy pegou a todos de surpresa ao ser anunciado na Playstation Experience em Dezembro de 2016. Adorado por alguns e questionado por outros, o jogo sofreu críticas por ser o primeiro da franquia sem Nathan Drake como protagonista.

O primeiro trailer de gameplay impressionou a todos pela atmosfera que contava com uma guerra civil como pano de fundo e uma protagonista mulher.

Além dos gráficos estonteantes que já se tornaram o cartão postal da série, o trailer mostrou uma nova mecânica que funciona bem no jogo: o famoso lock picking ou arrombamento.

Cerca de 8 meses após o anúncio oficial, Uncharted: The Lost Legacy chegou às lojas, mas será que o jogo realmente entregou tudo que prometeu? Confira nossa análise resumida em pontos positivos e pontos negativos.


Pontos Positivos:

1. Protagonista marcante: Chloe Frazer é a grande aposta de Uncharted: The Lost Legacy. A personagem apareceu pela primeira vez em Uncharted 2: Among Thieves. A escolha de uma protagonista mulher foi bastante questionada no começo, mas ao jogar a obra, o questionamento tem um fim. Chloe é marcante, engraçada e capacitada. Arrisco a dizer que, pra mim, a personagem cativa mais até mesmo do que o próprio Nathan.

2. Gráficos fantásticos: Apesar de não ser nenhuma novidade na franquia, os gráficos de Uncharted: The Lost Legacy impressionam. A parte técnica do jogo como iluminação e física estão impecáveis.

3. Inovações na Jogabilidade: Apesar de ter sido projetado inicialmente como uma DLC, o novo jogo da franquia apresenta elementos inovadores na jogabilidade. As duas principais novidades são a técnica de lock picking (um mini evento para arrombar baús/portas) e o pino de escalada (praticamente o mesmo sistema presente na franquia Tomb Raider).

4. Ambientação primorosa: Os cenários do jogo, principalmente os templos indianos, são de tirar o fôlego. Os Deuses são bem representados e a estética assusta de forma positiva. Muitas vezes me senti visitando o local em carne e osso.

5. Bônus bem-vindo: Os jogadores que adquiriram a versão física ou digital do jogo no Brasil receberam de brinde Jak & Daxter: The Precursor Legacy. Apesar de ser um jogo do Playstation 2, o título envelheceu bem e rende horas de diversão, além de conter o troféu Platina disponível.

Apesar de conter bons pontos positivos, infelizmente, Uncharted: The Lost Legacy também apresenta pontos negativos que tiram o brilho do jogo. Confira-os agora:


Pontos Negativos:

1. O jogo é curto: Apesar da Naughty Dog ter deixado claro que o jogo não teria a mesma duração de um AAA, não imaginava que o jogo seria tão curto. Levei apenas 5 horas para completar o jogo no modo Esmagador. A duração dos capítulos está bem desequilibrada, infelizmente.

2. Os puzzles são bestas: Apesar do problema já ser recorrente na série, ainda incomoda. Os puzzles do jogo são simples e fáceis de serem desvendados. Na imagem abaixo por exemplo, o jogador deve formar um Tridente. Para um jogo com um foco em Arqueologia, seria legal ver um investimento em mecânicas mais complexas.

3. O vilão é mal aproveitado: O vilão do jogo, Asav, mal aparece no jogo. Sua motivação é igualmente sem graça: Limpar a linhagem do seu sangue real. No jogo sabemos que Asav é um chefe de guerra. Talvez se o enredo tivesse um foco maior na guerra civil, teria sido mais memorável.

4. Mundo aberto mais do mesmo: Apesar do visual deslumbrante, o jogo deixa a desejar quando chega na parte do mundo aberto. A parte em questão é cercada por vegetação e ruínas que são bem parecidas entre si. No início do jogo podemos desfrutar um pouco da jogabilidade em uma cidade. Seria bacana ver um pouco mais desse tipo de ambientação no jogo, ao invés de cenários que sempre estiveram presentes na franquia.

5. Preço do jogo: Apesar da curta duração, a Naughty Dog/Sony colocou um preço praticamente cheio no jogo (R$150,00 na PSN). Apesar de ser um bom jogo, a experiência com certeza não justifica o valor. Com uma duração similar à Hellblade, o jogo deveria custar entre R$90-R$100 em canais oficiais.


Conclusão: O novo jogo da franquia Uncharted parece ter como objetivo principal mostrar que a saga pode continuar sem Nathan. Nesse quesito, o objetivo é cumprido com louvor. Chloe dificilmente sairá da mente das pessoas. Apesar da protagonista bem explorada e do louvor técnico, no fim, o jogo não vale o preço que está sendo cobrado por canais oficiais. Recomendo esperar por uma promoção ou comprar na mão de revendedores.

OBS: A empresa Layer7 cedeu o jogo para análise. Caso você queira compra-lo, basta clicar no link ao lado: Uncharted: The Lost Legacy – Layer7

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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