Review | Torchlight 3

Torchlight 3 está sendo lançado hoje (13) nos consoles e PC. Após uma temporada em formato de acesso antecipado, o terceiro jogo da saga finalmente é disponibilizado aos fãs de maneira definitiva. Com a adição de novas mecânicas, será que o game se configura como um sucessor de peso ou uma tentativa falha de evoluir a franquia? É isto que você vai descobrir neste Review!

Começo turbulento

O projeto teve um início conturbado. Antes de levar a numeração 3, o jogo era chamado de Torchlight Frontiers. Além disso, o estúdio Runic Games surpreendentemente tinha como plano lançar a obra como um MMO gratuito. Após o feedback brutal dos fãs, a Echtra Games, estúdio composto por veteranos de Diablo e Torchlight, assumiu o projeto.

Com a tarefa de deixar o game mais similar aos antecessores, a equipe liberou o projeto de maneira antecipada, no formato de Early Access e, meses depois, após o feedback colhido, decidiu que era hora de lançar o jogo de maneira definitiva.

Inegavelmente os devs fizeram um bom trabalho. Sendo um grande fã da saga, me senti em casa logo no começo do jogo. Tudo funciona de forma extremamente parecida. Mas calma, existem muitos mecanismos inéditos que dão um aspecto de novo ao título.

Salvando o mundo

Como já era de se esperar, a narrativa segue o mesmo preceito do jogo antecessor. Novastraia, o mundo do jogo, novamente está em perigo e cabe a você salvar o lugar mais uma vez. Para isso, é necessário escolher uma entre as quatro classes disponíveis e, o mais importante, o animal de estimação que vai te acompanhar nessa empreitada.

Torchlight 3

As classes foram bem definidas e elas possuem papéis determinados de maneira subjetiva. Temos as classes tradicionais de ataques mágicos, ataques a distância, força bruta e uma classe mista. Cada uma é muito distinta da outra, adicionando um nível absurdo de variedade.

Falando em variedade,o estúdio aplicou um sistema rico de relíquias com a finalidade de possibilitar uma construção bem detalhada de builds. Quer construir um Railmaster com um machado a lá Thor? É possível aqui!

Retrocesso

Infelizmente, Torchlight 3 não acerta em tudo. Apesar da adição das Relíquias e do sistema de Forte, a base do protagonista, algumas coisas representam um retrocesso na série.  Os gráficos poderiam ser bem melhores do que são.

A narrativa é bem simples e deixa a desejar em relação aos demais. Por fim, o problema mais agravante pra mim: a falta de diversidade no conteúdo. Torchlight 2 possuía mais variedades e missões secundárias a serem feitas, diferente da entrada atual da saga.

Conclusão

Em suma, apesar dos deslizes, Torchlight 3 é um bom RPG de ação isométrico que serve para saciar a fome enquanto Diablo 4 não chega. Com uma duração robusta, certamente o jogo deve se tornar ainda melhor com as adições de conteúdo que acontecerão no futuro. Se você gosta do estilo, não deixe de conferir o game!

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.