Review | They Are Billions

They Are Billions é um jogo de estratégia peculiar desenvolvido pela Numantian Games. Apesar de utilizar zumbis em sua premissa principal, o jogo supera todos os clichês possíveis, entregando mecânicas competentes e inovando num gênero esquecido nos consoles.

Diferente de títulos como Age of Empires, o objetivo aqui não é conquistar outras cidades, mas proteger sua colônia de um ataque massivo de zumbis vorazes. Portanto, esqueça construir exércitos para batalhar contra grupos de inimigos, o objetivo aqui é construir fortificações que irão impedir a penetração das hordas em sua base.

O jogo conta com uma mecânica interessante de infecção, onde, um prédio atacado por um zumbi logo se torna completamente infectado, gerando mais quatro zumbis e aumentando progressivamente o tamanho da horda. Isso torna o jogo bem complexo, visto que, se você deixar uma pequenina brecha, tudo poderá ser perdido. Vale mencionar que o game conta com um sistema de morte permanente, ou seja, caso sua colônia pereça, você precisará recomeçar do zero.

O visual steam-punk impressiona graças a excelente engine que torna cada cenário um vislumbre aos olhos. Outro elemento que impressiona é a ligação das atividades do jogo. Por exemplo, para erguer uma metralhadora automática, é necessário uma quantidade maior de energia elétrica. Consequentemente, será necessário outro gerador, que aumenta a necessidade de mão de obra. Para se conseguir mão de obra, é necessário aumentar o número de casas da colônia e por aí vai. Cada edificação e atividade está intrinsecamente ligado a outro, aumentando a complexidade da obra.

Conclusão

They Are Billions é um jogo excelente que traz um frescor ao gênero de estratégia. É gratificante ver um título deste tipo sendo lançado nos consoles de mesa, eles certamente precisam de mais exemplares iguais a esse. Apesar das inúmeras qualidades, o game deve afastar alguns players graças a sua dificuldade acentuada. Caso você opte pela compra do jogo, já vá sabendo que não será um passeio no parque.

Esta análise foi feita com um código do jogo para Playstation 4 cedido pelo representante do estúdio.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.