Review | The Council: Episódio 1

The Council: Episode 1 – The Mad Ones é um jogo narrativo desenvolvido pelo estúdio Big Bad Wolf. O primeiro episódio foi lançado no dia 13 de Março de 2018.

O Enredo

Em The Council, assumimos o controle de Louis de Richet, um aristocrata que foi treinado pela mãe desde cedo para assumir a posição de liderança na Ordem Dourada.

A Ordem Dourada é uma organização secreta que cuida de assuntos sensíveis de caráter internacional, além de lidar com elementos de ocultismo.

O objetivo central do jogo é encontrar a mãe de Louis, a líder da Ordem. A mãe do protagonista desaparece enquanto ela visita a ilha privada do Lorde Mortimer. Ao chegar na ilha, uma série de eventos ocorrem e a trama ganha força.

Revolucionando um Gênero

A principal proposta de The Council é a de revolucionar os jogos narrativos. O jogo traz uma nova abordagem a forma como o protagonista interage com os outros personagens e com os cenários. O título traz uma quebra de linearidade presente em games do gênero ao adicionar um sistema de nível e habilidades diferentes.

Logo no começo do jogo é possível escolher uma aptidão para Louis. Um Diplomata é especializado em etiqueta, convencimento, política e linguística. Um Ocultista apresenta conhecimento científico, erudito e tem uma grande capacidade de manipular os outros. Já o Detetive é excelente em lógica, psicologia, interrogatório e agilidade.

Além de ser necessário mudar de nível para obter habilidades, o uso das mesmas é restrito aos Pontos de Esforço. A medida que o jogador use essas habilidades, os pontos de esforço vão diminuindo, servindo para adicionar mais dificuldade ao jogo. Apesar de existir diversas maneiras de recuperar os Pontos de Esforço, como itens por exemplo, o recurso não é limitado, então é recomendável um uso inteligente e estratégico das habilidades.

Outra mecânica que traz diversão ao game é a existência de fraquezas e imunidades em cada personagem do jogo. Descobrir esses elementos é uma peça fundamental para o progresso na história. No entanto, em alguns momentos não poderemos explorar as fraquezas de determinados personagens por não ter a habilidade necessária. Saber quando pressionar ou ceder é extremamente importante no processo de obtenção de informações ou de itens chave.

Existe um elemento bem interessante no jogo chamado de Confrontos. Lembrando as famosas batalhas de Chefe, os confrontos consistem em três a cinco rodadas onde os jogadores precisam escolher as respostas certas para as perguntas do personagem. Caso falhe, o progresso continua, porém, falhar nesses encontros significa uma grande perda de oportunidade para obter informações ou vantagens em cima de um personagem.

Problemas Estéticos

Apesar das mecânicas inteligentes, o estúdio não teve muito empenho nas expressões faciais e no lyp sinc. O design de alguns personagens são toscos e estranhos, com partes da face bem desproporcionais.

Além disso, o movimento dos lábios raramente acompanha a voz do personagem, o que gera estranheza e acaba quebrando a imersão no jogo.

O mesmo não pode ser dito dos cenários, felizmente. O estúdio conseguiu captar bem a arquitetura barroca, gerando cenários deslumbrantes. Uma curiosidade é que o jogo conta com diversas obras de arte que existem de verdade, principalmente os quadros assinados por Goya.

Conclusão

Com uma história intrigante, personagens icônicos e mecânicas que irão revolucionar o gênero, The Council fez uma boa estreia. O único tropeço do game reside nas expressões faciais, fator esse que estraga um pouco a experiência com o jogo.

Apesar do tropeço, The Council vale muito a pena e traz mudanças fantásticas que devem se tornar padrão no gênero.

Essa review foi feita com uma cópia do game para Playstation 4 cedida pelo representante do estúdio Big Bad Wolf.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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