Review | Tales of Vesperia: Definitive Edition

Lançado originalmente em Agosto de 2008, Tales of Vesperia foi inicialmente um exclusivo de Xbox 360 pertencente a uma estratégia da Microsoft de ganhar público no Japão (o que não deu muito certo). Por conta do baixo número de unidades vendidas, logo o jogo foi portado para o Playstation 3, no entanto, o lançamento da versão para o console da Sony ocorreu exclusivamente no Japão, deixando o público ocidental de fora.

Agora, 11 anos depois, o game chega para todos os jogadores do globo, provando que a franquia Tales Of merece tanto apreço quanto Final Fantasy e outras sagas cultuadas. Vale mencionar que um número considerável de jogadores consideram Tales of Vesperia como o melhor jogo da saga e eu particularmente concordo!

Em Busca do Propósito

Como muitos players não tiveram a oportunidade de jogar o título em seu lançamento original, segue um pequeno apanhado da história: O jogo se passa no planeta Terca Lumireis que conta com um recurso imprescindível para a vida cotidiana chamada de Blastia, uma tecnologia antiga que serve como combustível para naves, permite o abastecimento de água e a criação de barreiras de proteção contra monstros. Os Cavaleiros Imperiais e as diversas Guilds também usam o recurso para melhorar as habilidades no combate.

O jogo começa com um núcleo de blastia sendo roubado de Zaphias, fazendo com que o abastecimento de água para o povo carente que vive no local seja interrompido. Yuri Lowell, o protagonista do game, tenta perseguir o culpado, mas acaba sendo preso e largado no castelo. Inconformado com a situação, Yuri escapa da prisão e acaba conhecendo Estelle, uma mulher que procura um amigo de Yuri. Junto com Repede, o cachorro de Yuri, os três partem em busca do amigo de Yuri e do ladrão do núcleo.

Durante a jornada, o jogador encontra diversos outros personagens que acabam compondo a equipe. Cada um tem bastante personalidade e sua própria história de fundo, enriquecendo o enredo do game. Mas, mais do que uma típica aventura JRPG, o jogo se trata da descoberta de propósito, o aprendizado sobre filosofia e sociologia, disputas de classes sociais e por aí vai.

Apesar do enredo de ponta, a experiência é de certa forma estragada por conta do “mal” envelhecimento do jogo. As animações/cutscenes deixam a idade do jogo visível, assim como os sistemas de diálogo e atuação de voz que deixam bastante a desejar. Existem diversas discrepâncias nas vozes ocasionadas por mudanças de atores, mas o impacto aqui só será sentido pelos gamers que jogaram a versão original.

Combar é Importante

Diferente dos JRPGs mais tradicionais, Tales of Vesperia não conta com combates por turnos. Estruturado como um RPG de ação, um elemento fundamental nas lutas, principalmente contra os chefes, é a utilização de combos para desferir golpes poderosos. Atacar no tempo correto é extremamente fundamental para o sucesso nas batalhas, caso contrário, o personagem ficará aberto a ataques e as coisas podem ficar difíceis bem rápido.

Felizmente o game conta com o Modo Fácil para os jogadores que não gostam de desafios e queiram apenas desfrutar da excelente história do jogo. O único ponto “negativo” no geral a respeito da jogabilidade é a exploração já datada que lembra os JRPGs do Playstation 1 e 2, fora isso, o sistema sempre recompensa o jogador com baús e itens mais fortes para auxiliar na jornada.

Conclusão

Como disse acima, Tales of Vesperia (na minha opinião) é o melhor jogo da franquia. Ver o game receber o tratamento e atenção que merece é extremamente gratificante. Todos os gamers que gostam de um bom RPG certamente encontrarão motivos para amar a versão definitiva do jogo!

Essa análise foi feita com um código do jogo para Playstation 4 cedido pela Bandai Namco.

Ruancarlo Silva

Apaixonado por Jogos, principalmente por Indies! Você me encontra lá no Twitter: @ruancarlo_silva

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