Review | Tacoma

Tacoma é um jogo de aventura desenvolvido pelo estúdio Fullbright, empresa responsável pelo excelente Gone Home. Tacoma foi lançado no Xbox One e PC no dia 2 de Agosto de 2017 e no Playstation 4 no dia 8 de Maio de 2018.

O Enredo

Ambientado no ano de 2088, as corporações dominaram o mundo. Responsáveis pela edução e até mesmo transporte espacial das pessoas, a escolha de uma companhia é uma decisão chave para as pessoas em Tacoma. Você é a empresa que você escolhe. Essa mecânica é uma parte essencial do jogo. As empresas dão acesso a educação e oportunidade de empregos, porém, o crescimento na corporação depende de muita dedicação e lealdade.

A engenharia social do jogo traz questionamentos pertinentes para a vida real e que são bastante atuais, apesar da ambientação futurista. Uma das corporações do jogo, entitulada de Venturis Technologies, possui algumas estações na órbita. A companhia contrata o protagonista do jogo para recolher ODIN, uma inteligência artificial que comanda a estação lunar chamada de Tacoma.

Um acidente ocorre na estação e a tripulação é evacuada. Cabe ao jogador visitar cada seção da estação para baixar a inteligência artificial e levá-la para a central da empresa.

Desbravando Tacoma

Ao explorar a estação deserta, os jogadores irão encontrar arquivos de realidade aumentada que exibem gravações do dia a dia da tripulação. É através destes arquivos que a história é contada e descobrimos o que aconteceu na estação. O estúdio Fullbright inova e foge do clichê batido chamado arquivos de áudio. As gravações de Realidade Aumentada permitem que o jogador recrie a cena, enxergando os personagens em polígonos e com a capacidade de avançar, rebobinar e pausar a cena. Este acaba sendo um jeito interessante de contar a história do jogo, afinal, é muito mais imersivo que uma simples gravação de áudio tocando como pano de fundo.

Um dos pontos negativos do jogo é a linearidade excessiva. A campanha basicamente se resume em “Vá do Ponto A para o Ponto B”. Com isso, é impossível se perder durante a jogatina. Entretanto, existem diversas informações adicionais espalhadas pelo cenário que adicionam um pouco, quase nada, de exploração ao jogo.

A genialidade de Tacoma reside na construção dos seus personagens, onde cada um tem suas próprias crenças, costumes e problemas. Este é o maior trunfo do jogo. Os personagens são reais e atuais, independente do cenário futurista. Cada um apresenta particularidades que são fáceis de se identificar, mesmo vivendo 70 anos antes da época retratada no game.

Conclusão

Tacoma reaproveita mecânicas incorporadas em Gone Home e as eleva, apresentando uma história crítica e atual. Apesar de estar enquadrado num gênero decadente, o walking simulator, o game inova, principalmente na forma que dispõe as informações sobre os personagens. Pra quem procura uma experiência reflexiva e diferente, Tacoma é extremamente recomendado!

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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