Review | Summer in Mara

Jogos indies sempre tem aquela abertura para conversar conosco sobre algum assunto específico ou pincelar algumas cores de outros tópicos da mesma forma criativa e emotiva, né? Então, já ouviu falar na palavra de Mara? (hahaha).

Desenvolvido e distribuido pela Chibig, o jogo conta a história de Koa, uma garota que foi abandonada pela sua família enquanto era bebê, mas salva por uma senhora peixe, que futuramente se torna a sua avó superprotetora, a Yaya Haku. O jogo começa contando o relacionamento entre as duas, passando algumas mensagens interessantes para a galerinha mais nova e fazendo com que os mais velhos se lembrem de como é ser gentil com tudo e com todos.

O jogo é lindo! Você inicia na ilha de Mara e aprende algumas coisas básicas como pescar, colher, plantar e fabricar ferramentas e comida para desenvolver seu próprio ambiente. Lembra bastante alguns jogos de farming que já jogamos por aí! O desenvolvimento da história e da gameplay é voltado para o relacionamento de Koa com o ambiente que ela vive, até ele expandir. Gradativamente personagens vão sendo apresentados para vocês a cada “main quest” que você precisa fazer. Mais ou menos uma criança pequena tendo que crescer prematuramente para poder sobreviver e aprender as coisas da vida.

Gradativamente personagens vão sendo apresentados para vocês a cada “main quest” que você precisa fazer. Mais ou menos uma criança pequena tendo que crescer prematuramente para poder sobreviver e aprender as coisas da vida. No decorrer da história, contrariando os ensinamentos da sua avó superprotetora, a protagonista sai da sua ilha e envereda numa jornada com Napopo, um ser também do mar que pede ajuda para se lembrar de todo o seu passado.

Contudo, é exatamente onde o jogo é um divisor de águas. A gameplay deixa o jogador um pouco perdido na parte de exploração do mapa/oceano, além de forçar muitas idas e vindas para poder seguir adiante na história. Tal como um farming game, o jogo precisa que você crie seus animais, plantas, frutas e verduras para se vender e trocar no mercado de outros locais que você passeia. E isso é forçado para que você tenha dinheiro para comprar itens e prosseguir nas missões que os NPCs impõem. Neste ponto, se você não se interessou pelo jogo, talvez, não continue a jogar.

Porém, existe um fator muito bonito nele. Que é a animação! Com uma leve e saudosa sensação de estar jogando um jogo de Zelda ou as vezes uma história do estúdio Ghibli, o jogo logo chamará a sua atenção pela quantidade de cores e de lindo ambientes que você precisará passar. E, talvez, a questão da recompensa pela dificuldade, pode ser que prenda você ainda mais na gameplay. (Mas, tadinha da Koa, passa poucas e boas nessa história)

É um jogo calmo, bonito, com uma trilha sonora adequada, tudo para fazer você se envolver com cada parte do jogo. A história é muito bonita, tem muita coisa pra passar principalmente para a galerinha mais nova, e definitivamente não é um jogo para a galera mais hardcore. É um jogo para a família.

Summer in Mara está disponível para Nintendo Switch, PlayStation 4, Xbox One, Microsoft Windows, Linux, Mac OS Classic.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.