Review | Streets of Rage 4

O gênero beat-em-up, bastante popular nas eras iniciais dos consoles, acabou sendo esquecido pelo tempo. Com a grande popularização do RPG e do mundo aberto, jogos que abraçavam o estilo acabaram entrando num limbo e ficaram um bom tempo por lá. Para modificar este paradigma, surge Streets of Rage 4, quase três décadas depois, com a difícil missão de provar que o gênero ainda pode ser relevante nos dias atuais.

Misturando elementos já conhecidos da franquia com um leve toque de revitalização, Streets of Rage 4 lembra bastante o retorno de um grande ícone para um time. É possível revisitar cenários famosos da franquia, temos aparições de personagens populares da saga e por aí vai. É o pacote completo de serviço aos fãs.

Saindo do respeito aos games antigos, o estúdio entregou um visual completamente repaginado, lembrando bastante um livro em quadrinho que acabou de ganhar vida.  Com animações incríveis, doses cavalares de pop art e um excelente desempenho, Streets of Rage 4 não decepciona no quesito técnico mesmo em sua versão base. O estúdio conseguiu entregar uma experiência bastante sólida e agradável.

Partindo para a jogabilidade, o principal elemento da obra, não existem muitas novidades aqui além de pequenas mudanças nas mecânicas. Agora os jogadores recuperam saúde ao utilizar um ataque especial. Fora isso, tudo funciona de forma bem parecida com os outros três jogos da saga. Apesar do frescor propiciado pela repaginada no visual, o gameplay fica um pouco repetitivo após algumas horas.

Se tratando da longevidade, a obra possui conteúdo suficiente pra se extender por algumas horas além da campanha tradicional que conta com 12 fases. Dois modos estão presentes: o Arcade, que permite o jogador tentar completar a campanha sem usar continues e o Battle, tornando possível batalhas letais de um contra um. Outro elemento inédito extremamente bem vindo é a possibilidade de jogar o título com um amigo em co-op local ou online.

Conclusão

Streets of Rage 4 chegou ao mercado com uma difícil missão: provar a todos que o gênero beat em up ainda pode ser explorado de forma comercial sendo capaz de gerar bons resultados. Felizmente, a obra cumpriu o objetivo de forma competente, entregando uma aventura inédita e ao mesmo tempo clássica para os fãs da saga.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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