Review | Space Hulk: Deathwing

Space Hulk: Deathwing é um jogo de tiro em primeira pessoa desenvolvido pelo estúdio Streum On Studio. Ambientado no universo de Warhammer 40,000, o jogo foi lançado no dia 22 de Maio no Playstation 4.

O Enredo

Inspirado no jogo de tabuleiro de mesmo nome, em Space Hulk jogamos com um fuzileiro espacial da equipe mais temida dos fuzileiros: A equipe Deathwing. Equipados com a poderosa Terminator Armour, cabe ao esquadrão explorar os destroços das naves espaciais, eliminando as ameaças que surgirem no caminho.

A campanha conta com 9 missões que consistem em explorar uma nave misteriosa assolada por invasores alienígenas. O jogo conta com diversas terminologias da franquia Warhammer 40,000, o que pode afastar muitos jogadores. Como não sou familiarizado com a saga, sinto que perdi muito conteúdo do jogo. Apesar de ser um produto derivado, o estúdio poderia ter apresentado um cuidado maior, introduzindo os jogadores novatos no universo do game. Apesar dos momentos de adrenalina, a narrativa falha em fazer com que os jogadores se importem com qualquer coisa da campanha, resumindo a jornada em longas sessões de tiroteios e explosões.

Mandando Bala

Space Hulk: Deathwing conta com um arsenal robusto e mortal. As armas vão desde a metralhadoras até machados de força. Como a maioria dos encontros acontecem a curta distância, boa parte das armas são focadas na prolongação do combate. Essa decisão é compreensível, visto que os ambientes do jogo são estreitos. Em alguns embates, tive a sensação de estar jogando Serious Sam, outra franquia de shooter recheada de combates intensos.

Como se já não bastasse a variedade de armas de fogo e armas brancas, o protagonista do jogo é um Fuzileiro Bibliotecário, com poderes psíquicos. Os poderes são devastadores, capazes de pulverizar hordas de aliens com um simples comando.

Eu Já Estive Aqui

Apesar das missões da campanha ocorrerem em áreas separadas, os objetivos acabam obrigando o jogador a percorrer o mapa inteiro. Diversas vezes. Os objetivos finais de cada missão mais parecem um circuito do que um objetivo em si. Apesar da curta duração da história, cerca de 5 horas, boa parte desse tempo é gasto dando voltas no mesmo lugar.

Este tipo de design é inaceitável para um jogo de 2018. Ainda mais um jogo baseado numa franquia consagrada como Warhammer. Ao final da jornada, o jogador acaba descobrindo que o maior inimigo em Space Hulk: Deathwing é a superficialidade.

Equipe de Demolição

Nem tudo em Space Hulk: Deathwing é ruim. O jogo conta com diversas funcionalidades no modo multiplayer que tornam a experiência mais divertida. É possível jogar todas as missões da campanha online ou jogar missões especiais que são geradas de forma aleatória. O jogo funciona muito melhor no modo online, principalmente com a existência de diferentes classes e habilidades que trazem variedade ao game.

Jogar missões online concedem uma moeda que pode ser trocada por upgrades cosméticos para as armas e armaduras. Para melhorar o senso de progressão do jogo, é possível aumentar o nível das classes, desbloqueando novas habilidades e armas.

As diferentes classes possibilitam uma abordagem mais estratégica aos combates, visto que cada classe apresenta habilidades necessárias no combate. A boa administração de uma equipe é a receita do sucesso nas missões. Dica: tenha sempre um Apotecário na equipe, eles são capazes de curar a equipe.

Conclusão

Space Hulk: Deathwing pode ser considerado um passo errado na direção certa. Apesar de tentar se adequar ao mercado atual de jogos, o jogo carece de inovação, profundidade e relevância. Com referências ao universo de Warhammer 40,000, o jogo deve passar despercebido pela maioria dos jogadores, sendo apreciado somente pelos fãs ferrenhos da saga. Fico na torcida para que a franquia ganhe mais jogos focados na ação, porém, feitos com um pouco mais de empenho. Quem sabe um dia teremos um novo Space Marine..

Esta review foi realizada com uma cópia do game para PS4 cedida pelo representante da Focus Home Interactive.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

You may also like...

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *