Review | Ruiner

Ruiner é um jogo de ação desenvolvido pela Reikon Games e publicado pela Devolver Digital. O jogo foi lançado no PC, Playstation 4 e Xbox One no dia 26 de Setembro de 2017.

O Enredo

O jogo começa com um personagem chamado Mestre dando ao protagonista um único e simples objetivo: Mate o Chefe. Após eliminar o chefe, a história se desenvolve como de forma similar a outras obras cyberpunk.

Traições são feitas, grandes corporações são envolvidas, existem familiares perdidos precisando ser encontrados.. É o pacote de clichê completo para produções do gênero. Infelizmente, o quesito enredo deixa um pouco a desejar.

O jogo se autointitula como uma produção conduzida pela narrativa, mas a história do game carece de impacto e o elemento que de fato brilha são os combates frenéticos.

Mandando Bala

Para se livrar das hordas de inimigos insanos, o jogador conta com duas armas fixas: um cano e uma pistola com munição infinita capaz de ser melhorada. O jogo conta com um arsenal imenso de armas dos mais variados tipos que apresentam uso limitado. No entanto, ao progredir no jogo, é possível invocar um supply drop com a arma preferida. As armas brancas apresentam durabilidade, sendo desgastadas a cada ataque.

Além das armas, o jogador também pode usar diversas habilidades para despachar os inimigos de maneira mais ágil. É possível usar dashes, escudos, granadas de concussão e um Modo Berserk que aumenta o dano e velocidade de ataque. Uma boa combinação de habilidades é crucial para sobreviver no jogo.

As habilidades são desbloqueadas e melhoradas ao mudar de nível e ao completar missões secundárias disponíveis na cidade do jogo. Um elemento que trouxe muita liberdade ao jogo foi a possibilidade de realocar os pontos de habilidade a qualquer momento e sem nenhuma restrição. O jogador pode testar diversas formas de jogar até encontrar a sua preferida, ou usar diferentes estratégias para cada tipo de chefe do jogo. Uma estratégia muito bem pensada por parte do estúdio Reikon Games.

Ambientação Primorosa

Outro elemento bastante positivo no jogo é a ambientação. A única cidade do jogo, Rengkok, foi bem construída visualmente e apresenta personagens autênticos do universo cyberpunk. É possível conversar com lunáticos, strippers, hackers anarquistas e interagir com animais-robô que servem como objetos de monitoramento do estado.

Um fator que traz charme para o visual do jogo é a predominância da cor vermelha. O uso constante dessa cor contribui bastante para a criação de uma sensação de perigo e urgência. Ao mesclar cenários escuros com o vermelho, o jogo também assume um tom melancólico, fazendo uma bela combinação com o enredo.

Um elemento que não brilha tanto quanto o visual é a trilha sonora. A trilha sonora varia entre melancolia e trechos de músicas eletrônicas que injetam adrenalina e urgência nas cenas de combate.

Conclusão

Em resumo, Ruiner entrega uma experiência sólida e autêntica no estilo bullet hell. Apesar de conter uma história que até rende momentos legais em algumas cenas, o ponto alto do jogo é o combate dinâmico e brutal.

A liberdade para definir um estilo de jogo autêntico também é uma peça chave na obra. Para os caçadores de conquistas/troféus, miletar ou platinar o jogo não vai ser uma tarefa tão difícil, mas preparem-se para passar estresse com o nível difícil do jogo.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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