Review | Resident Evil: Village – Winter’s Expansion

Se existe uma franquia de horror de sobrevivência que conseguiu se manter relevante desde seu primeiro game, mesmo com mudanças que não agradaram a todos, esta é Resident Evil. Com mais de uma dezena de títulos, o game conseguiu se transformar ao longo de sua trajetória e seguir ativo e renovando sua base de fãs.

Uma das transformações mais notórias da franquia veio com Resident Evil VII, que tornou o game em um horror de sobrevivência na perspectiva de primeira pessoa, trazendo mais elementos sobrenaturais e transformando o lore da franquia. Apesar das críticas de puristas, o game foi um sucesso e deu origem ao mais recente Resident Evil Village, game que deu seguimento à história apresentada no jogo anterior.

Agora, o último lançamento da franquia recebe uma expansão que não só conta uma nova história, mas também transforma o game para aproximá-lo do modelo que tem encantado fãs desde o lançamento de Resident Evil 4.

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As Sombras de Rose

Shadows of Rose é um capítulo adicional de Resident Evil Village que se passa muitos anos após a campanha original e nela jogamos com crescida Rose. Lá “revisitamos” os cenários do game em um novo contexto, com novas habilidades e novos desafios.

Rose traz uma dinâmica diferente de jogo em relação ao Ethan, especialmente por contar com poderes sobrenaturais. Isso confere um ar diferente à expansão e uma outra dinâmica nos desafios. Além das magias, ainda há o uso de armas, o que também confere certa familiariedade.

Com um arco bem interessante (vamos evitar spoilers aqui) e oferecendo mais da exploração muito benquista na campanha original, Shadows of Rose oferece algumas horas a mais (uma duração justa para uma DLC) e incrementa a história de uma forma criativa enquanto traz novos elementos pra um game que já trouxe uma história bem competente.

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Uma nova velha perspectiva

Nos último tempos tem-se notado uma retomada e um clamor por jogos em terceira pessoa. A decisão de contemplar esses pedidos foi muito acertada na Winter’s Expansion. Isso deve atrair aqueles que não são muito chegados ao modo, bem como transformar a experiência para quem já jogou o game em seu modo original.

Alterar a perspectiva para terceira pessoa em RE: Village confere ao game o ar de um jogo novo. A experiência é transformada e por vezes deixando-a ainda mais assustadora. Com o aumento do campo de visão para a perspectiva contemplar o personagem, os lugares acabam ficando mais apertados deixando uma sensação claustrofóbica que contribui muito pra tensão do jogo.

Ao se aproveitar das cutscenes do modo original do game em primeira pessoa também traz uma transformação legal que nos ajuda a imergir na pele dos personagens em momentos chave, deixando a história ainda mais envolvente.

E diferente do que muitos poderiam pensar, o novo modo não foi lançado com bugs ou outros problemas. É notório o cuidado na transição, de modo que o jogo funcionou perfeitamente com essa nova perspectiva, sem incorrer em deslizes causados pela mudança.

Conclusão

Resident Evil: Village Winter’s Expansion expande o game original com novas histórias e transforma a experiência ao adicionar uma nova perspectiva que pode reencantar jogadores bem como trazer novos para esta nova fase da franquia. Isto por si só tornaria a expansão algo muito bem vindo. Contudo, as mudanças para o modo Mercenaries ainda conferem um extra que deixam o pacote ainda mais atraente.

Dando um gostinho do Resident Evil neo-clássico junto a elementos muito benquistos da nova fase da franquia, a expansão é um casamento de gerações que mostra o quanto a franquia ainda tem fôlego para crescer e expandir.

Resident Evil: Village Winter’s Expansion está disponível para Playstation 4, Playstation 5, Xbox (One e Series) e PC.

Esta review foi realizada com uma cópia do game para Xbox Series cedida pela assessoria da Capcom.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.