Review | Pokémon Sword / Shield

Poucas franquias são tão rentáveis e bem sucedidas como Pokémon. Com mais de duas décadas de história e diversas gerações, a franquia se transformou, amadureceu, mas sempre manteve uma larga base de fãs . O produto mais recente da franquia são os games Pokémon Sword e Pokémon Shield, que representam o primeiro RPG seguindo os moldes padrões, que tiveram início com Pokémon Red e Pokémon Blue, para um console de mesa (ou híbrido).

Com gráficos renovados e novos pokémon, Sword e Shield apresentam os monstrinhos de bolso a uma nova geração de gamers enquanto trazem de voltas jogadores antigos.

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Região de Galar

Inspirada na Grã-Bretanha, a região de Galar é palco para a nova aventura de Pokémon e vem não só com diversos monstrinhos novos, mas com novas mecânicas e cenários muito mais amplos do que já fora visto em qualquer outro jogo da franquia.

Em um estilo vitoriano, as cidades de Galar tem um charme bem próprio, assim como nas regiões anteriores. Viajar pelas cidades tornou-se ainda mais prazeroso, especialmente porque não demora até que ganhemos a bicicleta e o equivalente à habilidade “fly” de jogos anteriores.

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A volta dos ginásios

Um dos pontos mais controversos da geração anterior de Pokémon, Sun & Moon, foi a falta de ginásios e sua substituição pelos trials. Uma parte considerável do público não gostou da ideia e achou que se tratava de uma tentativa preguiçosa de inovação. Em Sword / Shield os ginásios estão de volta e com toda a pompa dos campeonatos de futebol ingleses.

O game aprendeu as lições da geração anterior, trouxe alguns elementos que funcionaram, acrescentando mini-trials que ajudam a diversificar os ginásios, mas implementaram de volta aquilo que sempre foi uma das bases da estrutura de Pokémon.

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Aprendendo com erros

Outras lições aprendidas por conta de Sun & Moon é o formato “tutorial eterno” que o jogo teve em sua última geração e que aqui foi deixado de lado. Enquanto em Pokémon Sun / Moon terminamos o game sentindo que ainda estávamos jogando o tutorial, Pokémon Sword / Shield é mais straight forward e nos permite pular alguns tutoriais, além de nos soltar neste universo mais rapidamente.

O Rotom Dex não está mais presente a todo momento para nos lembrar constantemente para onde temos que ir, mesmo quando queremos tirar um tempo para explorar os lugares. Pokémon Sword / Shield traz uma sensação de liberdade muito maior, além de ter aprimorado o ritmo do game.

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Narrativa

A despeito de para muitos a narrativa não ser a parte de principal do game, Pokémon Sword / Shield traz um enredo interessante, criando uma mitologia para a nova região à medida em que desenvolve a jornada do personagem principal e do seu amigo/rival Hop.

Diferente dos jogos mais antigos, não contamos mais com um rival babaca, mas sim um amigo que busca uma disputa saudável. Apesar de parecer ter um apelo mais amigável para o público jovem, para quem estava acostumado com personagens como Blue (Gary) e Silver, a postura do personagem às vezes pode parecer um tanto chata.

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Área Selvagem

Sem dúvidas, a área selvagem é uma das melhores coisas a acontecer na franquia nos últimos anos. Com uma área bem vasta e centenas de pokémon a se caçar, o espaço é um dos pontos onde todos irão gastar mais tempo, sem sombra de dúvidas.

Com áreas e climas diferentes, a Wild Area, traz uma variedade enorme de pokémon e é uma experiência diferente para cada momento em que o jogador a visita. À medida que seus pokémon vão ficando mais forte, você consegue explorar mais áreas, enfrentar mais pokémon e expandir a sua pokedex ao capturá-los.

Por se tratar de um espaço aberto, a jogabilidade também tem algumas mudanças e o game abandona seu perfil isométrico e nos permite mexer a câmera e observar o cenário melhor. A despeito das polêmicas com a qualidade gráfica de alguns elementos, no geral a Wild Area está bem bonita e deve encantar muitos treinadores.

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Dynamax

Deixando de lado as mega evoluções e os Z-Moves, Pokémon Sword / Shield introduz o modo Dynamax, que basicamente é uma versão gigante dos pokémon, no maior estilo tokusatsu. Ao se transformar, o pokémon fica por um tempo nessa versão maximizada com alguns golpes especiais. Após o tempo, ele volta a forma normal precisando recarregar para ativar o modo de novo.

Além de poder usar isso nas lutas contra os treinadores, a wild area conta com diversos portais para enfrentar outros pokémon em formato dynamax, seja offline ou com amigos em uma luta 4×1.

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Inciais

Sempre que surge uma nova geração de pokémon, um dos destaques são as três opções de iniciais. Aqui, temos Scorbunny (fogo), Grookey (planta) e Sobble (água).

Apesar de serem bem adoráveis em suas versões iniciais, as suas evoluções não agradam tanto e acabam por ser, com exceção de Grookey, pokémons franzinos e pouco criativos. Para compensar, a nova geração tem pokémons novos bem interessantes e criativos.

Conclusão

Pokémon Sword / Shield mostra que aprendeu bastante coisa com os erros de versões anteriores da franquia, mas também dá indícios de que ainda tem o que aprender. A falta de uma pokedex nacional deixou a base de fãs bem descontente e mostra uma falta de entendimento por parte da Game Freak sobre o que seu público quer.

Contudo, o game traz muitas coisas boas e que certamente estarão presente em novos jogos da franquia. Completar a liga de Galar, capturar pokémon na Wild Area, bem como passear pelas cidades, tornam o novo game da franquia uma experiência extremamente prazerosa e digna da estreia de um RPG core da franquia pokémon em um console que também pode ser jogado na TV.

Tal qual a Equipe Rocket, Pokémon está decolando de novo.

Pokémon Sword e Pokémon Shield estão disponíveis exclusivamente para Nintendo Switch.

Esta review foi realizada com uma cópia de Pokémon Sword e Pokémon Shield cedidas pela assessoria da Nintendo.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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