Review | Ni no Kuni: Wrath of the White Witch Remastered

Lançado originalmente no Playstation 3, Ni no Kuni: Wrath of the White Witch Remastered é a remasterização gloriosa de um dos maiores RPGs já criados na história da humanidade. Feito pelo estúdio Level-5 em parceria com o prestigiado Studio Ghibli, é possível identificar a essência das animações da companhia japonesa nesta obra de arte. Os mesmos traços, construção de personagens e de locais são facilmente reconhecidos, evocando qualidade e a sensação de estarmos jogando um belíssimo e riquíssimo anime.

Em relação a conteúdo, em suma, é o mesmo jogo do Playstation 3 com um leve upgrade na performance, logo, se você já completou o título, saiba que você não é o público alvo deste lançamento. A obra foi direcionada para todos os jogadores que se encantaram com o segundo título e não tiveram a chance de desfrutar do game original. Claro que nada te impede de comprar o jogo mais uma vez e se aventurar com Ollie e cia. neste mundo mágico e construído com muito carinho e atenção. Todavia, saiba com clareza o que você está comprando.

Rumo ao Desconhecido

Em Ni no Kuni 1, nós acompanhamos a história de Oliver, um garoto que acaba passando por uma tragédia pessoal influenciada por terceiros. Em um espaço curto de tempo, seu mundo vira de cabeça pra baixo, onde ele descobre que existem mundos paralelos, magias e que existe a possibilidade de reverter o acontecimento que mudou sua vida para sempre.

Em uma dimensão alternativa, Oliver precisa conter os avanços do terrível Shadar, um Djinn das Trevas que consome o coração das pessoas e persegue os praticantes de magia. Obviamente que o garoto, protagonista da história, é capaz de soltar feitiços e acaba sendo uma das poucas esperanças do reino.

Como mencionei acima, a narrativa foi construída pelo Studio Ghibli em parceria com a Level-5, portanto, espere por inúmeras semelhanças com obras como A Viagem de Chihiro, O Túmulo dos Vagalumes e O Castelo Animado. Com um enredo de extrema qualidade, o único ponto negativo para o público brasileiro é a ausência de localização para nosso idioma.

Quase Pokémon

Em relação a jogabilidade, o jogo segue a linha tradicional de um JRPG de 2013. Espere por inúmeras missões de coleta, o clássico grind para aumentar o nível e a utilização de magias e ataques físicos durante o combate. Todavia, o game apresenta sistemas inusitados para um rpg japonês de sua época. Um deles é o repaginamento do sistema de Batalha Ativo. Durante nossa jornada, nós nos deparamos com Familiares, espécies de monstros que podem ser capturados, tornando-se nossos aliados. Com mais de 200 monstrinhos, cada um deles possui suas particularidades, forças e fraquezas, demandando uma boa gestão de equipe para que sejamos vitoriosos nos combates. Eles são capazes até de evoluir com o tempo. Apesar de não ser tão dinâmico quanto a sequência, o combate aqui é muito mais complexo e rico em detalhes.

Há também extras bastante peculiares que se incluem deste pro segundo jogo da franquia, como um grande cassino onde pode se jogar todo tipo de jogo, de cartas e máquinas até bingos. Como dito, esse “vício por bingos” continua numa cidade cassino no segundo jogo. Há também variados outros extras presentes que preferimos deixar para os jogadores descobrirem.

Conclusão

Uma das melhores obras do gênero, Ni no Kuni: Wrath of the White Witch Remastered marca, cativa e ensina lições poderosas. Contando com personagens inesquecíveis e localizações que podem facilmente ser consideradas as mais bonitas já vistas em um jogo eletrônico, o game é imperdível para todo jogador que aprecie um bom RPG.

Este review foi feito com um código do jogo para Playstation 4 cedido pela Bandai Namco.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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