Review | My Hero One’s Justice 2

My Hero One’s Justice 2 é a sequência do jogo de mesmo nome que transporta os eventos do anime My Hero Academia para os consoles da atual geração. Lançando cerca de 1 ano e meio após o primeiro título da franquia, esta sequência melhora alguns detalhes pontuais, mantendo tudo que deu certo no game.

A obra apresenta diferentes modos de jogo que devem atrair os fãs do material que serve de inspiração. O principal modo é a História, onde os eventos da temporada mais recente do anime são contados. Apesar de ser incrível poder “viver” esses momentos de maneira mais dinâmica, a falta de originalidade pode afastar alguns. Afinal, por que investir em um jogo sendo que eu posso simplesmente assistir o anime? Adicionar trechos originais, como foi feito em One Punch Man: A Hero Nobody Knows com certeza aumentaria a atratividade do modo.

Outro detalhe do modo História é a falta de digamos que acessibilidade em certas partes. A curva de dificuldade é extremamente acentuada, tornando algumas lutas até injustas. Se você não está acostumado com games no gênero de luta, prepare-se para se estressar em alguns trechos da aventura.

Falando especificamente sobre sua jogabilidade, o game apresenta controles bem responsivos que são ensinados nos diferentes tutoriais espalhados nos capítulos iniciais da aventura. Diferente dos títulos que se baseiam em animes, apertar demasiadamente os botões para deferir habilidades especiais custa caro aqui. Errar um golpe significa uma punição extremamente dolorosa por parte do adversário.

Um ponto extremamente negativo diz respeito ao balanceamento dos personagens. Alguns heróis/vilões são muito mais poderosos do que outros, tornando o embate entre eles completamente injusto. Faltou um pouco mais de cuidado do estúdio neste quesito. Apesar do desbalanceamento, a parte estética do game no geral funciona incrível, com uma proximidade muito bem vinda com o anime.

Conclusão

Feito exclusivamente para os fãs do anime, My Hero One’s Justice 2 dá um passo na direção certa, implementando funções e modos requisitados pelos jogadores. No entanto, a sensação que fica é a de que o estúdio poderia ter ousado um pouco mais, adicionando conteúdos inéditos com um maior grau de impacto. No fim, o título funciona mais como uma DLC do antecessor do que algo inteiramente novo.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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