Review | My Big Sister

My Big Sister é o tipo de jogo que não se encontra no radar de nenhum jogador, mas que deveria. Publicado pela já conhecida Ratalaika Games, o título conta a história de duas irmãs que são sequestradas de forma violenta no meio da noite.

Luzia, uma típica garota de 12 anos, e sua irmã mais velha Sombria, precisam então encontrar o seu caminho de volta para casa em uma jornada sombria que aborda temas sensíveis como suicídio, depressão e estupro. Apesar de ser construído numa arquitetura de 16 bits e contar com pixel art, não se engane, o gênero do indie é terror.

Os cenários obscuros e a trilha sonora cumprem o papel de criar uma atmosfera horripilante de maneira excepcional. No quesito jogabilidade, sem muitas surpresas por aqui, os controles são bem simples e diria que até mesmo limitados. O foco de My Big Sister é sua história poderosa e muito bem escrita. A exploração é concentrada em achar itens que permitirão o progresso do jogador no capítulo. E sim, capítulo. O estúdio escolheu essa forma para contar a história do game. Ao todo são 11 capítulos que duram cerca de 2 a 3 horas.

Vale mencionar que o game conta com finais múltiplos que adicionam um agradável fator replay. Ao terminar o jogo pela primeira vez, é possível selecionar um capítulo através do menu e buscar o final diferente, facilitando todo o processo e ajudando o player a poupar um pouco mais de tempo para conhecer as diferenças na história.

Conclusão

My Big Sister é o tipo de jogo que ninguém procura ou tem expectativas e que acaba surpreendendo. Com uma história muito acima da média, personagens marcantes e uma ambientação bem construída, o jogo certamente irá agradar os jogadores que gostam de viver jornadas mais introspectivas. Vale mencionar, mais uma vez, que o título aborda temas sensíveis, então, fica o aviso.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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