Review | Mosaic

Mosaic é um jogo diferente de praticamente tudo que já vi nestes 18 anos de jogatina. Neste game desenvolvido pelo estúdio Krillbite, assumimos o papel de… bom, nós mesmos. O protagonista silencioso da obra está preso em um ciclo de acordar – ir ao trabalho – realizar tarefas e voltar para casa.

As poucas ações presentes no título são bem limitadas, servindo mais como uma jornada introspectiva dentro de cada um de nós do que como um jogo em si. O jogo se torna ainda mais brilhante quando pequenos momentos de vida preenchem o excesso de cinza dos cenários, fazendo com que o protagonista aproveite os pequenos prazeres da vida como observar o sol, escutar um músico de rua ou olhar uma borboleta voando.

Em determinados trechos, os jogadores precisam enfrentar sequências que funcionam como uma espécie de espelho de nossas próprias vidas. O personagem fica desorientado, sem entender como sua vida se tornou depressiva e insignificante daquele jeito. Em outro momento, ele se torna uma miniatura, onde os problemas e as pessoas se tornam maiores do que ele mesmo.

É exatamente nessas passagens que a poesia e a crítica do jogo ganham força, evidenciando de forma colossal o que estamos fazendo com nossa própria vida. A todo momento o game meio que questiona se realmente é esse o propósito que buscamos para nossa vida.

Conclusão

Mosaic é mais do que um jogo, podendo facilmente ser considerado um espelho de nossas próprias vidas. Abordando temas poderosos e entregando uma crítica brutal, mas necessária, o game deve agradar a todo amante de um bom indie.

Este review foi feito com um código do jogo cedido pela editora Raw Fury.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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