Review | Morbid: The Seven Acolytes

Morbid: The Seven Acolytes é um novo Soulslike desenvolvido pelo estúdio Still Running e publicado pela Merge Games. Com sistemas similares a Bloodborne, o jogo é protagonizado por uma guerreira misteriosa. Ela passou anos treinando com a finalidade de enfrentar 7 demônios poderosos. Cada um destes monstros foram possuídos por um Gahar, uma entidade maligna. O objetivo é livrar o mundo destas bestas corrompidas!

O mundo de Morbid: The Seven Acolytes

Com diversas inspirações em Bloodborne e Lovecraft, os cenários de Morbid possuem um tom sombrio que incorporam bem a atmosfera que o game pretende passar. As inspirações do game da From Software não terminam nos cenários. O combate também lembra bastante! Diferentemente dos outros títulos Soulslike, o foco aqui é na esquiva e na agressividade. A protagonista também conta com uma pistola para interromper os ataques inimigos. Lembrou de algum jogo? Rs.

Surpreendentemente, os controles e tudo que tange a jogabilidade são incrivelmente responsivos. Tudo funciona de forma primorosa, tornando os combates bem prazerosos. Embora o game conte com lutas contra chefes, boa parte delas não são tão memoráveis quanto podiam ser.

O grande defeito do jogo é na exploração do mesmo. Games deste gênero tendem a não oferecer muitas assistências ao jogador no sentido da progressão, no entanto, em Morbid o nível é bem brutal. Em alguns cenários não existem indicativo algum de onde ir e do que fazer. A confusão acaba fazendo com que o jogador ande pelo mesmo lugar inúmeras vezes, perdido e sem saber pra onde ir

Livros e Aço, as melhores companhias

As principais recompensas da exploração em Morbid são as armas, páginas de lore e as bençãos. Surpreendentemente, o jogo conta com um leque extenso de armas, cada uma com seu próprio propósito e estilo de jogo. Ao perambular pelo mapa, os jogadores podem encontrar livros que contam um pouco mais sobre a história do mundo. Isto é bem legal, servindo para criar uma conexão do player com o universo apresentado pelo game.

Por fim, mas não menos importante, temos as Bençãos. Apresentadas em forma de Pedras no mapa, estas Bençãos são habilidades poderosas que podem (e devem) ser melhoradas nas “Fogueiras” do jogo. Se você gosta de colecionar troféus e/ou conquistas, saiba que é necessário coletar todas as Bençãos do jogo. Portanto, afie seu olho na hora da exploração!

Morbid, um verdadeiro Soulslike

Caso ainda não tenha ficado claro, o jogo incorpora todas as mecânicas presentes no estilo. O combate é extremamente dependente da gestão da Stamina. Felizmente, o título conta com uma mecânica interessante que envolve a sanidade. Quanto mais você morre, mais o seu nível de sanidade cai. Ao atingir um nível crítico, fantasmas poderosos vão começar a te atacar! A mecânica faz com que o jogador tenha mais cautela e evite a morte a qualquer custo.

As armas também possuem um certo nível de melhorias. Você pode aplicar runas que alteram os efeitos das mesmas. Infelizmente, a progressão de personagem se resume a basicamente isso. Melhorar as bençãos e aplicar runas nas armas. Não existem armaduras para serem coletadas e equipadas.

Vale a Pena?

Se você for um fã de Soulslike, definitivamente sim! O game apresenta o gênero em uma perspectiva diferente e que acabou funcionando bem. Apesar de não ser perfeito e não ter um valor de produção absurdo, o jogo vai te divertir por boas horas!

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.