Review | Hob

Hob é o mais novo e ambicioso projeto da Runic Games, desenvolvedora que ficou famosa por  Torchlight.

Com uma proposta que difere totalmente dos jogos anteriores do estúdio, aviso previamente que Hob não é um jogo que vai agradar a todos. O teor do jogo é bem “cult” e com certeza vai alegrar os apreciadores de um bom jogo indie recheado de puzzles e com um enredo subjetivo.

Mas você deve estar se perguntando, assim como eu me perguntei antes de começar a minha jornada, o que diabos é Hob? Hob, é o nome dado a uma ferramenta usada para cortar/manipular engrenagens. Essa palavra define perfeitamente o jogo e caracteriza um recurso extremamente importante presente neste. O mundo de Hob é suspenso e durante sua jogatina, você deverá ativar plataformas para levantar os cenários. Graças a essa funcionalidade existe uma interação fantástica com o mundo do jogo!


Pontos Positivos:

1. Mundo Interativo: Como já foi dito acima, um dos recursos que mais chamam atenção em Hob é a interação com os cenários do jogo. Para avançar na história do jogo é preciso ativar mecanismos e suspender áreas inteiras. +1 ponto no quesito inovação!

2. Enredo subjetivo: Diferente da maioria esmagadora dos jogos, o enredo de Hob é transmitido de forma subjetiva e artística. O caminho é apontado (literalmente) pelo fiel escudeiro do protagonista e também existe um mapa para auxiliar o jogador caso ele se perca.

3. Direção de Arte fantástica: O mundo do jogo é belo e conta com uma variedade enorme de cores. A zona da Floresta é colorida, cheia de vida. Já outra zona do jogo, o Calabouço, é escuro e sombrio. Esse “conflito” de cores é visto com frequência no jogo e acaba criando um dinamismo bacana.

4. Elementos de RPG: Para não se afastar totalmente dos projetos anteriores do estúdio, Hob conta com alguns elementos de RPG. É possível coletar fragmentos de espadas e melhorar o ataque do personagem. O upgrade para o life do personagem pode ser encontrado dentro de plantas vermelhas e o upgrade para a Luva do personagem é encontrado nos restos dos Guardiões. Também é possível comprar habilidades utilizando pontos especiais do jogo que são obtidos através de monumentos ou ao derrotar inimigos.

5. Puzzles inteligentes: O jogo conta com puzzles bem bolados e que irão exigir um pouco de raciocínio do jogador. Apesar do grau de complexidade, a jogabilidade e os puzzles são bem intuitivos e não devem causar uma enxaqueca nos jogadores.


Pontos Negativos:

1. Enredo transmitido de maneira confusa: Ao adotar uma forma diferente de contar a história do jogo, a Runic acabou complicando as coisas mais do que deveria. Com um storytelling lento e bastante subjetivo, é difícil compreender a história do logo de cara, exigindo bastante raciocínio dos jogadores.

2. Sistema de Combate superficial: Hob conta com algumas seções de combate, porém, essa parte do jogo ficou extremamente superficial. Contando basicamente com ataque comum, esquiva e ataque especial com a luva, o combate do jogo decepciona. Após Torchlight 1 e 2, era de se esperar algo do mesmo nível em Hob, porém, o patamar não foi atingido. A realidade é que o jogo poderia se beneficiar de mais momentos de combate, uma vez que apesar de superficial continua divertido.


Conclusão:

Hob é um jogo poético e cheio de identidade. Capaz de render dezenas de horas de diversão. O jogo é uma ótima recomendação para todos fãs de india indie e games mais artísticos. Para os adeptos dos blockbusters recheados de ação, melhor esperar/torcer/rezar por um Torchlight 3.

Hob é um jogo da Runic Games e foi lançado para PlayStation 4 e PC no dia 26 de Setembro. Ele pode ser adquirido na Playstation Store, Steam e GOG.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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1 Response

  1. novembro 4, 2017

    […] jogo mais recente do estúdio foi Hob (confira nossa crítica aqui – Hob), um jogo indie de aventura que não fez tanto sucesso quanto […]

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