Review | Hades

Os roguelikes estão em alta. Depois de Dead Cells, Children of Morta e West of Dead, chegou a vez de Hades, do estúdio Supergiant Games, provar seu valor. O time de desenvolvedores foram os responsáveis por Bastion, Transistor e Pyre, logo, automaticamente já se espera um trabalho de altíssima qualidade.

O protagonista da aventura é Zagreus, filho de Hades e, consequentemente, príncipe do Submundo. Embora ele seja o filho do chefão, Zagreus não gosta de sua vida no inferno, nutrindo o sonho de ir embora. Contudo, esta não será uma tarefa fácil, visto que o seu pai não aprova nem um pouco a sua partida.

Com o auxílio indireto de Deuses como Zeus, Ares e Atena, Zagreus inicia o extenso e longo processo de escapar dos domínios do seu pai. Assim como as obras passadas do estúdio, Hades possui um forte componente narrativo impulsionado pela qualidade primorosa do roteiro e da direção de arte do projeto. Por ser um roguelike e ter a repetição atrelada rigorosamente em sua estrutura, será necessário escapar do inferno muitas vezes para desvendar a história por completo.

Eu já estive aqui!

Por ser um roguelike, a morte é um componente inevitável da obra. Em títulos como esse, o senso de progresso é importantíssimo para manter o nível de interesse do jogador. Felizmente, o estúdio soube dosar isso de maneira brilhante, fazendo com que Hades se torne um game altamente viciante.

Os níveis, gerados de maneira procedural, lembram demais os outros projetos do estúdio. A direção de arte continua soberba, de uma maneira positiva, e o encanto é gerado de maneira automática.

Como mencionado acima, a morte é um elemento forte do jogo. Toda vez que Zagreus retorna do além-vida, os personagens ao seu redor tomam conhecimento do que aconteceu, gerando novas interações e avançando a história.

O que mata, também fortalece!

Como em todo roguelike, Hades possui dois “tipos” de progressão, a temporária, que ocorre ao longo das runs e a permanente, que torna o personagem mais forte e habilidoso. Estas melhorias fixas são possibilitadas através da coleta de Escuridão, recurso que permite fortalecer o personagem.

Os outros dois recursos são as moedas e poderes dos Deuses, estes dois são perdidos completamente ao morrer. A jogabilidade é altamente diversificada graças a presença de múltiplos tipos de armas e ofertas dos Deuses. Essas ofertas modificam os ataques e o estilo de jogo, servindo como uma excelente maneira de trazer diversidade ao gameplay.

Conclusão

Hades é indiscutivelmente um dos melhores jogos de 2020. A Supergiant se superou mais uma vez, entregando um game extremamente refinado, viciante e com um valor de produção enorme. Se você gosta de jogos de ação, fica a recomendação! Hades está disponível no PC e Nintendo Switch.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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