Review | Generation Zero

Anunciado de surpresa, Generation Zero acabou deixando muita gente empolgada graças a sua proposta e visuais estonteantes. Desenvolvido pela Avalanche Studios (os responsáveis pela franquia Just Cause), o jogo é ambientado numa Suécia dos anos 80 invadida por robôs assassinos.

O principal objetivo do jogador é vagar pelo cenário do jogo procurando sobreviventes, pistas do que está acontecendo e claro, se defender da invasão mecha. Apesar de se considerar majoritariamente um jogo de Sobrevivência, aqueles elementos clichês como fome, sono e fatiga foram deixados de lado para priorizar o sentido arcade do título.

A medida que o jogador elimina robôs, o personagem muda de nível, sendo agraciado com um ponto de habilidade que pode ser alocado em uma das três árvores de habilidades. O interessante é que o jogo pode ser jogado completamente sozinho ou com até três amigos no modo multiplayer online. Ao ser jogado de forma solitária, o jogo se aproxima bastante do Stealth, visto que se você enfrentar uma horda de robôs o resultado será a morte certa. A experiência se torna muito mais agradável quando desfrutada com amigos, já que o combate é mais explorado e as opções de como abordar os inimigos se tornam mais vastas.

Pelo mapa podemos saquear casas, fazendas e bunkers atrás de munição e pistas da invasão ou onde todos foram parar. Um grande ponto negativo da exploração e do jogo em si é o excesso de repetição, tanto dos objetivos da história principal quanto do design das casas. Ao todo só existem cerca de 5 modelos de casas que se repetem centenas de vezes, deixando a experiência monótona de forma rápida. Reutilizar os modelos é compreensível, visto que o jogo foi feito por um time pequeno de desenvolvedores. No entanto, a reutilização foi praticada em excesso, estragando e muito a experiência com o título.

Um ponto a favor da exploração é total ausência de marcadores no mapa. Vagar pelas ruas da Suécia em Generation Zero é simplesmente incrível e imersivo, tudo graças ao visual muito bem representado por parte do estúdio. Um dos maiores problemas do jogo é a falta de conteúdo que o torna desinteressante muito rápido. Após cerca de 2 horas de jogatina com certeza qualquer player vai fechar o game e procurar outro título pra se aventurar.

Conclusão

Com ideias boas, mas execução falha, Generation Zero esbarra no orçamento pequeno e se junta a pilha de títulos que poderiam ser memoráveis mas que caíram no esquecimento graças a falta de conteúdo e uma avalanche de problemas técnicos. Apesar de ser muito divertido quando jogado em equipe, o jogo chega a ser doloroso quando jogado sozinho. Um tempo maior de desenvolvimento não faria mal ao título.

Esta análise foi feita com um código do jogo para Playstation 4 cedido pelo representante da Avalanche Studios.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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