Review | Dragon Ball Z: Kakarot

Dragon Ball Z: Kakarot é o jogo dos sonhos para quem é fã do famoso anime/mangá. Utilizando uma roupagem de RPG de ação, a obra recria os principais eventos do anime, apresentando gráficos atualizados e uma jogabilidade fluída. Em suma, é como se os personagens mais famosos do universo dos animes ganhassem vida na tela.

Enredo

Sobre a história, não existe muito pra se falar, visto que o título reproduz fielmente os eventos do anime. São as mesmas cenas e na maioria das vezes, os mesmos diálogos que vimos anos atrás. O game conta com missões secundárias que concedem experiência e abordam um pouco mais de detalhes de determinados eventos e personagens, mas fora isso, não espere nenhuma novidade na história.

As sagas, quatro ao total, são divididas em episódios. Num ritmo normal, um jogador deve levar cerca de 30 horas para completar a história do game, isso se ele realizar todas as missões secundárias. É possível encontrar fotos espalhadas que reproduzem cenas do anime e contam uma história do acontecimento, servindo como um easter egg precioso.

Guerreiros Z

Como mencionei acima, a obra se enquadra no gênero de RPG. Cada embate e missão completada concede uma quantia de experiência que possibilita o progresso do personagem. Ao mudar de nível, a quantidade de vida, ki e danos são aumentados. Alguns poderes especiais são bloqueados até chegar em determinado nível.

Se tratando de Dragon Ball, não seria estranho a enfatização da necessidade de treinamento, logo, os poderes mais fortes do jogo precisam ser adquiridos nos Campos de Treinamento. Sessões mentais onde o personagem combate uma equipe inteira sozinho. Caso seja vencedor, a habilidade é aprendida.

Apesar do jogo não apresentar níveis de dificuldade, achei ele bem fácil. Apenas alguns confrontos finais irão demandar alguns itens de cura por conta da diferença de nível. Para ilustrar: Enfrentei o chefe secreto Mira no nível 77 e ele é um chefe de nível 100. Ele é basicamente uma esponja absurda de dano, similar ao chefe Tartaruga de Final Fantasy XV. Não tem nenhuma dificuldade, apenas pressionar o botão de ataque por uns 10 minutos.

Sayajin Aventureiro

Além da campanha e das missões secundárias, o jogo conta com algumas atividades secundárias que aumentam um pouco sua longevidade. Temos Time Attacks, onde dirigimos um veículo e precisamos passar por checkpoints, mineração, pesca e até caça. Um defeito aqui é que a Culinária tenta ser um elemento importante do jogo, no entanto, ignorei ela completamente e não tive o menor problema durante a jogatina.

Os minerais obtidos são usados para criar dois veículos, que podem ser melhorados, mas que são completamente inúteis e claro, melhorar a Sala de Treinamento, tornando possível a aquisição de novas habilidades poderosas.

Uma outra atividade de extrema relevância é a coleta das Esferas do Dragão. Toda vez que o jogador reúne as 7, elas apresentam um cooldown de 30 minutos e depois são espalhadas novamente no mundo do jogo. A parte chata nisso tudo são os loadings chatos e recorrentes da obra, transformando o que poderia ser épico em uma tortura.

Problemas na Terra

Dragon Ball Z: Kakarot apresenta dois defeitos graves que prejudicam demasi a experiência. O primeiro, a quantidade absurda de loadings. Se prepare para gastar cerca de 10 a 15% do seu tempo total de jogo observando a tela de carregamento.

O segundo é a extrema facilidade do game. As lutas não demandam por nenhuma tática, basicamente você esmaga os botões e vai seguindo em frente.

Conclusão

Apesar do insuportável problema com os carregamentos, Dragon Ball Z: Kakarot é o primeiro grande e bom jogo de 2020. Mais do que isso, o título evidencia que a Bandai Namco estava ouvindo os fãs que pediam incessavelmente pelo game faz anos. Se você é fã do anime, o produto se trata de uma compra obrigatória.

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Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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