Review | Digimon Story Cyber Sleuth: Hacker’s Memory

Digimon Story Cyber Sleuth: Hacker’s Memory é o mais novo jogo da franquia Digimon. Com praticamente o mesmo título que o seu antecessor (lançado em 2016), o jogo acaba servindo como um prequel que adiciona informações acerca dos eventos ocorridos no jogo original.

Apesar de ser considerado um “novo” jogo, os visuais e a sonoplastia do jogo são praticamente iguais ao seu antecessor, inclusive os cenários. Essa repetição pode acabar afastando até mesmo o fã mais ávido da franquia. Para remediar a reutilização desses elementos, o estúdio aprofundou um pouco mais algumas mecânicas do jogo envolvendo os digimons, entregando uma experiência mais completa no que diz respeito a captura dos monstros.

A História:

Na nova entrada da franquia, jogamos com Keisuke Amazawa, um estudante que tem sua conta EDEN hackeada. Para quem não sabe, EDEN é uma recriação virtual do mundo real. As pessoas podem criar avatares e percorrer pelo mundo virtual. Entretanto, o universo virtual é habitado por criaturas peculiares chamadas de Digimons. No começo do jogo, as pessoas acreditam que Digimons são meros programas que podem ser utilizados como ferramentas, mas a verdade é mais profunda do que isso.

Para recuperar a sua identidade roubada, Keisuke decide se unir ao grupo Hudie, uma espécie de Anonymous do Digimon. O grupo hacker combate as atrocidades que acontecem no mundo de EDEN, servindo como uma espécie de força pacificadora.

O desfecho da história ocorre de maneira lenta, o que já é de esperar de um JRPG. Apesar do desenvolvimento demorado, a conclusão da jornada de Keisuke recompensa as cerca de 50h de jogo.

A Jogabilidade:

Por ter sido minha primeira experiência na franquia Digimon Story, fiquei assustado com a quantidade de detalhes iniciais que o jogo apresenta. O número vasto de opções pode ser aterrorizante no começo, porém, o jogo cede espaço para que cada quesito relacionado ao combate seja bem explicado e explorado.

Um fator que pode afastar os jogadores que não estão acostumados com a franquia é o grind. Para quem não conhece o termo, grind significa repetir uma mesma atividade diversas vezes. Para obter, evoluir e combinar os monstrinhos, serão necessárias horas e mais horas de combates repetitivos. Para quem é fã da série, é melhor se preparar bem caso pretenda obter os 327 digimons presentes no jogo.

Como já é de costume nos JRPGs, o combate do jogo é dividido em turnos. No começo o sistema funciona bem, porém, após algumas horas começa a ficar repetitivo e monótono, visto que as escolhas são simples – atacar, defender ou usar determinada habilidade.

A Parte Técnica:

Como já foi dito acima, o jogo praticamente reutiliza o visual e a sonoplastia do seu antecessor. Apesar de ser parcialmente justificável pelo tamanho do estúdio, um jogo de 2018 merecia ao menos uma repaginação visual, tornando-se mais atrativo para os jogadores. Por muitas vezes, o visual arcaico lembra jogos da geração do Playstation 2.

No quesito performance, o jogo é bem responsivo e praticamente não existe tempo de carregamento. Ponto esse fundamental para quem gosta de explorar os cenários e pegar os itens colecionáveis do game.

Conclusão:

Ao jogar Digimon Story Cyber Sleuth: Hacker’s Memory fica claro que o jogo foi desenvolvido para os fãs da franquia. Apesar das repetições no cenário e nos combates, a história, as refrerências e a experiência como um todo devem agradar bastante a todos que tiveram algum contato com o digimundo.

*Essa review foi feita com uma cópia do game para PS4 cedida pela Bandai Namco.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

You may also like...

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *