Review | Dark Souls Remastered

Dark Souls Remastered é o mais novo lançamento da Bandai Namco. A remasterização foi feita para permitir que os novos jogadores aproveitem o primeiro título da franquia. A versão remasterizada foi lançada no dia 25 de Maio de 2018.

O Enredo

Uma das principais características da narrativa da franquia é a história minimalista. Boa parte dos eventos do jogo são transmitidos de maneira subjetiva, deixando que os jogadores interpretem os fatos da maneira que lhes for conveniente. O lore é exposto através de diálogos, textos e o design do mundo do jogo.

A cena de abertura do jogo explica toda a premissa do título. Antigamente, o mundo era governado por dragões. Nesta época, Gwyn encontra a Primeira Chama e encontra uma Alma de Lorde. Ele e seus aliados usam o poder da Alma para derrotar os dragões, dando início a Idade do Fogo. Após um período, as chamas começam a se dissipar com a ascensão dos humanos, mas Gwyn sacrifica a si e sua alma para prolongar a Idade da Chama. Com a chama artificialmente reacesa, uma maldição zumbi começa a afetar a humanidade, fazendo com que alguns humanos ressuscitem após a morte.

O protagonista do jogo é um zumbi amaldiçoado, preso em um sanatório zumbi. Após escapar do asilo, o jogador viaja até Lordran para tocar os Sinos do Despertar. Os sinos acordam o Kingseeker Frampt, que conta aos jogadores para irem até Anor Londo. Lá, Gwynevere auxilia os jogadores a sucederem o Lord Gwyn, completando a profecia. Para que isso seja realizado, as Almas dos Lordes precisam ser adquiridas dos aliados de Gwyn e retornados até a chama.

No final da trama, os jogadores podem escolher dois caminhos: preservar a Idade da Chama ou dar início a Idade da Escuridão.

De Cara Nova

Quando se fala de remasterização, boa parte dos jogadores ficam receosos em relação ao resultado. Se tornou comum os estúdios relançarem os jogos com melhorias mínimas, mas com preço de lançamento. Felizmente, esse não é o caso de Dark Souls Remastered. As texturas estão mais polidas, revitalizando o jogo e tornando-o mais atrativo até mesmo para quem já completou o game previamente.

No entanto, o destaque das melhorias vai para a iluminação e os efeitos visuais. As cores estão mais vibrantes e um pouco mais próximas da realidade, deixando o visual mais bonito. As armas e armaduras também foram remodeladas, tornando o jogo um pouco mais atual.

A Era da Escuridão

Apesar das melhorias na iluminação e nos equipamentos, um elemento que poderia ser mais trabalhado é a ambientação. Os cenários praticamente não receberam nenhuma melhoria, apresentando o mesmo visual ultrapassado. Apesar da vontade de manter a experiência o mais original possível, o estúdio responsável pela remasterização poderia polir os cenários um pouco mais.

Além da falta de polimento, o jogo sofre com glitches que devem frustar alguns jogadores. Em determinados momentos, fiquei preso entre paredes ou cai de um precipício sem estar ao menos perto da beirada. Dark Souls é uma franquia conhecida pela dificuldade, mas isso deveria vir da jogabilidade e não de defeitos técnicos do jogo.

Por fim, o próprio criador do jogo, Hidetaka Miyazaki, afirmou que algumas áreas do primeiro jogo o deixaram desapontado por que ficaram inacabadas. Essa seria uma oportunidade excelente de trabalhar um pouco mais nessas zonas, entregando uma experiência marcante para os fãs da saga.

Bonde sem Freio

Além de poder curtir a aventura sozinho, o Multiplayer é um componente importante em Dark Souls Remastered. Os jogadores podem desfrutar da história em co-op ou aterrorizar novatos com um personagem PvP. O sistema funciona bem e garante muitas horas de diversão.

Conclusão

Dark Souls Remastered certamente é um divisor de águas. Apesar da qualidade incontestável do jogo, os jogadores que já desfrutaram do game original podem não enxergar incentivos o suficiente para adquirir a remasterização, no entanto, o jogo é praticamente obrigatório para os fãs da franquia Souls que nunca tiveram a oportunidade de jogar o título original. Os players brasileiros ainda apresentam um motivo a mais para comprar o jogo: a inédita localização dos textos em Português-Brasileiro, recurso bastante pedido pelos jogadores do país. Para a parcela que não é fã da franquia, é recomendável aguardar uma redução de preço, visto que o valor atual cobrado não é justificável mesmo com as pequenas melhorias. Dark Souls Remastered pode ser comprado na Playstation Store (R$179,90), na Xbox Live (R$180,00) ou na Steam (R$129,90)

Esta review foi feita com uma cópia do jogo para Playstation 4 cedida pelo PR da Bandai Namco.

 

 

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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