Review | Crysis Remastered

Por muito tempo, Crysis se configurou entre os memes mais famosos do universo gamer. A febre “Seu PC roda Crysis?” contagiou multidões devido a revolução gráfica trazida com o jogo e, claro, aos requisitos super exigentes de hardware para rodá-lo na época. Agora, aproveitando-se do forte período de reciclagem presente na indústria de jogos, a Crytek decidiu reativar a franquia com o lançamento da remasterização no PC e consoles, incluindo até uma versão focada no Nintendo Switch.

Do que se trata Crysis?

Bom, caso você tenha vivido numa pedra durante todo este tempo, ou, só começou a se interessar por games recentemente, vamos falar um pouco sobre a história do jogo. O ano é 2020 e a Coreia do Norte, liderada pelo General Kyong, assegurou o controle das Ilhas Lingshan. Uma equipe de arqueólogos americanos que estavam na ilha emitem um pedido de socorro, alegando terem descoberto algo que pode mudar a história da humanidade. É neste contexto que entra em cena a equipe Raptor, um grupo de elite da Força Delta dos Estados Unidos da América.

Liderados por Prophet, os soldados estão equipados por uma armadura de nano robôs que concedem habilidades incríveis a eles. Estamos falando de super força, super velocidade, invisibilidade temporária e mais. Logo eles descobrem uma ameaça de outro mundo no local.


No total, a campanha dura cerca de 10 a 12 horas, a depender da dificuldade jogada e, claro, da habilidade de quem joga. O roteiro não apresenta a melhor qualidade possível, mas, não fica devendo nada para títulos mais recentes do gênero.

Supersoldado!

Protagonizado por Nomad, membro da equipe Raptor, a jogabilidade de Crysis se diferencia dos demais games do gênero através da nanosuite. A armadura possui quatro modos diferentes que são ativados e drenam energia: Força, Velocidade, Armadura e Invisibilidade.

A jogabilidade no quesito de tiro funciona de forma bem similar a outros títulos do gênero. Um detalhe interessante é que os objetivos podem ser cumpridos de maneiras distintas. Você pode optar por uma abordagem mais direta e explosiva ou eliminar os inimigos de maneira furtiva.

Felizmente, os controles continuam bem responsivos e os sistemas envelheceram muito bem. Jogar Crysis ainda continua sendo bem divertido mesmo após tantos anos.

O que mudou no Remaster?

Basicamente…. Nada. Infelizmente o jogo só recebeu alguns incrementos na iluminação e todo o resto permaneceu intocado. Em suma, a obra mais se parece com um port do que uma remasterização.

Além disso, o jogo sofre com texturas horríveis que não foram atualizadas. Para um título que apresenta Remastered em seu título, fica difícil acreditar e aceitar isso. O game merecia um tratamento muito melhor do que o que foi dado a ele.

Conclusão

Crysis Remastered é o transporte de um dos FPS mais icônicos já criados para a geração atual. Se você não se importa com texturas datadas, o jogo vai te agradar, fora isso, é recomendável aguardar uma promoção, afinal, os pouquíssimos incrementos realizados não justificam a compra no valor cheio.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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