Review | Crossing Souls

Crossing Souls é um jogo de ação e aventura com elementos retrô desenvolvido pelo estúdio Fourattic e publicado pela Devolver Digital. O jogo foi lançado no dia 13 de Fevereiro para PC e Playstation 4.

O Enredo

O jogo é ambientado numa cidade pacífica da Califórnia nos anos 80 chamada Tajunga. Nós controlamos um grupo de amigos que fazem uma descoberta aterrorizante, mudando suas vidas para sempre.

Contendo uma boa dose de misticismo, cultura egípcia e referências a obras cults dos anos 80, o enredo do jogo cativa e apresenta uma conclusão épica que dificilmente sairá da mente de quem completa o game.

A Turma do Bairro

O grupo é composto por 5 pessoas, Chris, Matt, Charlie, Big Joe e Kevin. A interação entre os amigos é fantástica e genuína, fazendo com que os jogadores se importem com o destino de cada personagem.

Cada criança possui suas particularidades e habilidades, garantindo uma diversidade bem vinda no quesito jogabilidade. Big Joe é capaz arrastar pilares, Kevin é capaz de planar com seu jet pack, Charlie consegue se lançar em grandes distâncias com seu chicote e Chris consegue rebater projéteis com seu taco de baseball.

A Fourattic conseguiu distribuir bem as funções de cada personagem, trazendo momentos chave para que cada um se desenvolva e tenha o seu merecido destaque.  O game contém diversos trechos de puzzle que demandam ações específicas com cada personagem.

Um Tributo aos Clássicos

Por se passar na década de 80, Crossing Souls apresenta uma quantidade enorme de referências da cultura pop em geral. Todos os itens colecionáveis do jogo (divididos em VHS, Cartuchos e Documentos Secretos) remetem a obras como Mario, Rambo e a artistas como Michael Jackson e os Beatles.

Em um momento bem inusitado do jogo, é possível avistar a icônica caixa de Metal Gear Solid que marcou uma geração inteira. O estúdio fez um trabalho muito bem executado e pensado, inserindo referências em pontos chave do jogo.

Outro momento inesquecível do jogo ocorrem em uma determinada missão, onde precisamos viajar para o passado usando o DeLorean, o famoso carro do filme De Volta Para o Futuro.

Retrô também é Arte

A Fourattic fez uma escolha bastante ousada para definir o visual do jogo. O estúdio preferiu usar um visual pixelizado, fazendo uma homenagem ao estilo retrô. Felizmente, o estúdio teve capacidade suficiente para aproveitar esse estilo, entregando ambientes bem desenhados e com um level design responsivo.

A arte se funde bem com a proposta do jogo, gerando uma experiência imersiva e nostálgica. Os assinantes da Netflix irão notar diversas semelhanças com a série Stranger Things, o que melhora ainda mais o jogo.

Outro elemento que merece ser mencionado são as cutscenes do jogo. As cenas são desenhadas a mão e lembram os cartoons da década de 90-2000. Repletos de cores, humor e expressão, as cutscenes reforçam o sentimento de nostalgia da obra.

Conclusão

Crossing Souls é a prova viva de que um jogo “indie” pode entregar uma experiência inesquecível e bem produzida. Com um visual retrô bem feito, uma jogabilidade dinâmica, puzzles bem pensados e uma história inteligente, o game não só merece, mas deve ser jogado por todos que se autointitulam gamers. Para os usuários do Playstation 4, o game apresenta um troféu de platina bem acessível. O game pode ser adquirido na Steam (R$27,99) ou na Playstation Store (R$53,90). Uma demo do jogo pode ser baixada aqui: Demo – Crossing Souls (PS4).

Essa review foi feita com uma cópia do game para Playstation 4 cedida pela Devolver Digital.

 

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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