Review | Crawl

Dungeon crawlers seguem uma fórmula extremamente conhecida. No entanto, apesar da quantidade de games do gênero, esta é uma mecânica que dificilmente cansa os fãs. Contudo, sempre que algo inova nestas mecânicas, é difícil não parar para pensar nas ramificações que o gênero ainda pode trazer.

Crawl, desenvolvido pela Powerhoof, é um tipo diferente de Dungeon Crawler. Com uma estética retrô, o game favorece muito mais o modo arcade e competitivo do que o storytelling, ou uma campanha propriamente dita.

A premissa do game é bem simples: Um guerreiro precisa escapar de uma caverna (ou castelo), enquanto almas de guerreiros mortos tentam impedí-lo para poderem voltar à vida. Assim, é preciso tomar cuidado com todos os objetos do cenário que podem vir a ser dominados pelas almas que lá habitam.

O mais interessante, é que o jogador no papel do guerreiro, ao morrer se torna uma das almas que luta por recuperar a sua vida, trazendo um dinamismo bem interessante à jogabilidade.

Mas é na versão multiplayer que Crawl chega a todo seu potencial. Poder disputar com outras pessoas o direito pela vida e a chance de escapar da caverna é algo divetidíssimo. No Nintendo Switch (versão que testamos), a possibilidade dos joy-cons compartilhados torna a logística ainda mais prática para o multiplayer local. Com partidas que não duram tanto, o game é divertido para se jogar com alguém sempre que houver tempo.

Crawl não é um jogo robusto, com uma história intrigante e gráficos estupendos. Priorizando a diversão e favorecendo o modo multiplayer, o game traz uma experiência simples e sólida. Os fãs de dungeon crawlers devem gostar da proposta, ainda mais se aproveitada com amigos.

Esta review foi feita com uma cópia do jogo para Nintendo Switch cedida pela Powerhoof.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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