Review | Candle: The Power of Flame

Candle: The Power of Flame é um jogo de ação e aventura em 2D desenvolvido pelo Teku Studios e publicado pela Merge Games. O jogo foi lançado no Xbox One, Playstation 4 e Nintendo Switch no dia 25 de Julho de 2018.

O Enredo

A história de Candle: The Power of Flame começa com a vila de Teku, o protagonista, incendiada e o sequestro do Xamã da vila. Logo Teku descobre que os responsáveis pelo incêndio e pelo sequestro são membros da tribo Wakcha. É com esse contexto que Teku embarca numa jornada para resgatar o Xamã e normalizar as coisas em sua aldeia.

Logo de inicio temos a impressão de que o jogo se trata de mais um point and click simples e fácil de ser completado. No entanto, a dificuldade do jogo é bem alta, já que os objetos e botões estão extremamente escondidos nos cenários do game. Os jogadores que não gostam de trilhar o mesmo caminho diversas vezes com certeza terá frustração no jogo. O backtracking é um elemento fundamental no título.

A frustração gerada pela dificuldade do jogo é amenizada com diálogos bem divertidos que lembram desenhos animados. Por apresentar uma temática tribal, Teku encontra diversos personagens bem excêntricos ao longo de sua jornada, gerando algumas gargalhadas em quem experimenta o título.

Um Colírio aos Olhos

O ponto forte de Candle: The Power of Flame é a sua direção de arte. O visual do jogo lembra uma aquarela, com diversas camadas e cores vibrantes, muitas vezes deixei Teku imóvel para observar os diferentes cenários presentes no jogo.

Um recurso interessante é a exibição do cenário por camadas, adicionando um senso de profundidade a paisagem. A medida que exploramos os locais, é possível notar montanhas e árvores no fundo da tela, incrementando a imersão no mundo do game. Além do belíssimo visual, o estúdio fez um trabalho impecável na animação dos personagens do jogo. Toda a movimentação e expressão ocorre de maneira fluída.

Jogabilidade Rudimentar

Infelizmente, a jogabilidade de Candle: The Power of Flame não apresenta a mesma maestria que sua direção de arte. Controlar Teku é uma tarefa bem difícil, já que a movimentação não é nem um pouco precisa. A questão se torna um problema pela existência de armadilhas ou precipícios que acabam causando a morte do personagem. Felizmente o jogo apresenta diversos pontos de renascimento, o que minimiza o problema mas não o elimina.

Outro elemento negativo é que diversos objetos que possibilitam a progressão no jogo estão extremamente escondidos nos cenários, impossibilitando qualquer pingo de diversão com o título. Não faz o menor sentido obrigar os jogadores a explorarem os cenários por diversos minutos para acabar encontrando um botão atrás de uma cortina. Uma dica valiosa: esteja sempre atento aos arredores das construções, boa parte dos elementos vitais do jogo estão localizados nestes pontos.

Conclusão

Com um ritmo lento, jogabilidade imprecisa e escolhas questionáveis em relação a progressão no jogo, Candle: The Power of Flame deve agradar aos jogadores que procuram por um point and click desafiador com um visual belíssimo. O game pode ser adquirido na Playstation Store (R$55,35), Xbox Live (R$36,80), eShop (U$17,99) e Steam (R$29,99)

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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