Review | Call of the Sea

Quando um jogo aparenta ser uma coisa e é outra completamente diferente (pro lado bom), você consegue ter uma visão um pouco mais ampla e mais divertida daquela gameplay que você acabou de fazer. É exatamente o caso do Call of the Sea. Pense num jogo leve, misterioso, bonito e com aquela mensagem pra os nossos corações. Pensou? Ele te entrega isso! Mas deixemos de potoca para trocar uma ideia sincera aqui.

Desenvolvido pela Out of the Blue Games S.L. e distribuído pela Raw Fury, o Call of The Sea é um jogo de aventura com puzzles que conta a história de Norah, uma mulher que sofre de uma doença misteriosa e que sai em busca de seu marido, que sumiu numa expedição em umas das ilhas do Pacífico Sul. Determinada a encontrar o seu querido Harry, ela vai atrás dele, nesta mesma ilha, enfrentando todos os tipos de climas e perigos que aquela ilha pode oferecer. O que é que a motiva? Por que o marido dela foi para essa ilha? Qual é a doença que a inflige?

A história se passa nos anos 30/40 com uma leve sensação steampunk, que agradará bastante muitos fãs do estilo. O mistério envolvendo os personagens vai aumentando a medida que você vai lendo os documentos, supondo correta e incorretamente todas as informações que estão ali, além de duvidar de tudo o que encontra. O suspense é apresentado para o jogador de tantas maneiras diferentes, que é bem difícil você não se envolver e ficar tentando descobrir o que está acontecendo no jogo.

A ambientação do jogo parece ser meio de terror, pois, como é algo relacionado ao mar, a civilizações e situações meio sobrenaturais, é normal você se sentir com um pouco de tensão e medo. Principalmente se você for como este que vos fala: que tem medo do fundo do mar (rindo mas de desespero). Mas acredite: não tem NADA de terror no jogo. A delicadeza com que as coisas vão se explicando e se encaixando deixa toda a direção de arte mais bonita! Ainda mais quando você termina de fazer aquele puzzle complicado e para um tempinho para observar as paisagens da ilha. Os gráficos não são absurdos, mas entregam muito bem o que propõem!

Os puzzles são bem inteligentes e pegam aqueles que tem déficit de atenção muito rápido! Hahaha! Pequenos detalhes no jogo entregam como os puzzle deverão ser resolvidos e a única coisa que é imprescindível no jogo é a leitura! Se prestar atenção nos documentos e informações que o jogo te oferece até para explicar a lore, você vai entender como tudo funciona e como avançar facilmente na gameplay. É muito bem montado, e até repito dizendo que isso vai aumentar o seu interesse para descobrir o final do jogo.

Sobre trilha sonora, é adequada para o jogo. Poucos momentos você consegue perceber as musicas, pelo fato de estar imerso no jogo tentando ouvir o ambiente e refletindo sobre como passar os quebra cabeças. O que de fato imerge você são os sons da natureza. Tudo parece estar conectado pra fazer você se atentar aos mínimos detalhes que estão sendo apresentados. É muito doideira!

Se você pensou sobre bugs ou falhas, eu te digo: só encontrei um. Numa parte bem específica do jogo e quase no final. Então, não há “perrengues” nem descontentamento com o jogo. Pode ir na fé que será uma gameplay decente.

Ele está por 38 reais na steam e se você tá procurando jogar um jogo de quebra cabeças divertido e com uma história de amor e mistério, nós recomendamos o Call of the Sea! Ele está disponível para XOne e Microsoft Windows!

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.