Review | Call of Duty: WWII

“We lucky few, we Band of Brothers.”

Call of Duty: WWII é o jogo mais recente da famosa franquia de shooters da Activision. Após um longo período lançando jogos futuristas e desagradando os fãs, a saga volta ao seu “berço”: A Segunda Guerra Mundial.

A campanha do jogo tem um tom cinematográfico e é inspirada em produções como Band of Brothers e O Resgate do Soldado Ryan. Para ampliar essa experiência, o jogo conta com um cast experiente: Josh Duhamel, Jonathan Tucker, Jeffrey Pierce e Brett Zimmerman.

Josh Duhamel

Confira nosso review dinâmico dividido em pontos positivos e negativos.


Pontos Positivos:

1. Retorno à Segunda Guerra: Ao ser revelado que a franquia retornaria às suas origens, os apaixonados por CoD começaram a celebrar. Os últimos jogos da série tinham uma temática futurista, o que acabou causando um desgaste nos fãs e afastando possíveis novos jogadores. Ao trazer o jogo de volta para a histórica WWII, a Sledgehammer conseguiu resgatar o saudosismo dos FPS antigos e entrega uma experiência de tirar o fôlego. É como se juntassem Rambo com O Resgate do Soldado Ryan em um jogo.

2. Melhor Experiência Multiplayer: O Multiplayer continua sendo o carro-chefe em Call of Duty: WWII. Com diversos modos de jogos que vão desde ao tradicional mata mata em equipes até o inovador “Guerra (War)”, o modo online do jogo é extremamente viciante, bem feito e possui uma ótima curva de aprendizado. Além da variedade de modos de jogos, a Sledghammer trabalhou bem a customização presente no game. A personalização é atingida através de mods para as armas, skins, emblemas e roupas que são adquiridas através das tradicionais Loot Crates. Ao se aventurar pelo MP do jogo, mantenha a calma e lembre-se que a movimentação constante é uma peça chave para o sucesso no jogo.

3. Modo Zumbi: A Sledghammer deu atenção especial ao modo Zumbi do jogo. Chamado de O Reich Final, a experiência cooperativa coloca os jogadores contra hordas poderosas de zumbis. A vontade de progredir e avançar em um número maior de ondas faz com que os jogadores continuem se aventurando pelo modo. O cenário possui diversos objetivos que precisam ser cumpridos, mantendo os jogadores entretidos enquanto eles explodem alguns zumbis.

4. Novidades: Uma das principais novidades na jogabilidade é a interação do protagonista Daniels com seus companheiros de equipe. Ao matar uma certa quantidade de inimigos, podemos requisitar um Med Pack ao melhor amigo de Daniels, Robert Zussman. O soldado Drew Stiles oferece granadas e Pierson revela os inimigos no mapa. Apesar de gerar uma certa dependência, esse recurso também fortalece os laços do protagonista com seus amigos, fazendo com que o jogador se importe mais com os personagens.

Outra adição interessante são as Divisões de Classe. O novo sistema permite que o jogador personifique a sua experiência e jogue da melhor forma possível, mantendo a flexibilidade através dos loadouts.

Os Headquarters (Quartéis) são um elemento inusitado do jogo. Nesse espaço social inédito, os jogadores podem adquirir ordens diárias e semanais, praticar tiro ao alvo e socializar com os amigos. Também é possível abrir as caixas de loot ao redor de todos, trazendo o saudoso sentimento de abrir pacotes de cartas para a Era Digital. Vale a pena dar uma passeada enquanto espera a partida começar.


Pontos Negativos:

1. Campanha Curta: Um ponto negativo da campanha do jogo. É possível completar a história em torno de 6 horas, um tempo extremamente curto pelo preço que é cobrado no jogo. Apesar de não esconder que o foco do game é o Multiplayer, a Sledgehammer poderia ter incrementado mais a campanha, trazendo um enredo mais denso e impactante.

2. Dublagem/Lip Sync Ruim: Outro ponto negativo da campanha. A dublagem dos personagens não apresenta a melhor qualidade possível, prejudicando a experiência cinematográfica. As versões nacionais do jogo não permitem a mudança do idioma de áudio via menu, tornando necessário a alteração do idioma do console. O Lip Sync também deixa a desejar e o som das palavras não correspondem aos movimentos labiais do personagem, causando um estranhamento nas cutscenes.


Conclusão:

Call of Duty: WWII entrega uma experiência sólida, divertida e com pitadas de inovação. O jogo não esconde em nenhum momento que o seu foco é o Multiplayer e nisso a produção se destaca. Com uma personalização ampla, uma variedade de mapas, modos de jogos e armas, os conflitos online do jogo manterão os jogadores ocupados por centenas de horas, e o melhor, não vai ter gente correndo pelas paredes ou “voando” dessa vez!

Apesar de oferecer a melhor experiência multiplayer dos últimos anos, o jogo tropeça na campanha e entrega um enredo superficial e curto. Então, se você não for um adepto do Multiplayer, melhor esperar uma redução de valor antes de comprar o jogo. Se você curte experiências multiplayer, pare tudo que você estiver fazendo e vá comprar o jogo!

Call of Duty: WWII está disponível para PS4, Xbox One e PC.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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