Review | Call of Duty: Black Ops Cold War

CoD: Black Ops Cold War é o mais novo lançamento da maior franquia de jogos do mundo. Desenvolvido pela Treyarch, o game chega com a missão de redimir uma das séries mais famosas da saga. O fiasco causado por Black Ops 4 deixou os fãs receosos com um novo título. Com uma nova temática, Guerra Fria, uma comunidade mais engajada e sem futurismo, será que o jogo correspondeu com as expectativas? É isso que você vai descobrir neste review.

A História

Como mencionei acima, a Treyarch abriu mão do futurismo (obrigado meu Deus) e decidiu embarcar em um dos períodos mais polêmicos da história. A Guerra Fria foi marcada pelo embate entre as duas maiores potências do mundo na época: os soviéticos contra os americanos.

A presença de uma campanha pegou a todos de surpresa. Após BO4 não ter recebido uma campanha, os fãs ficaram receosos de que isso acabaria se tornando um padrão, o que felizmente não foi o caso. A trama é protagonizada por uma equipe de agentes especiais que participam de uma série de missões clandestinas. Estas Black Ops, daí vem o nome do jogo, tem como objetivo caçar Perseus, um agente soviético extremamente letal.

Surpreendentemente, as missões são “sancionadas” por Reagan, o presidente americano da época. Ele aparece nas cutscenes e a fidelidade do visual chega assusta. Fazendo jus a franquia, as campanhas dos CoDs raramente decepcionam, entregando momentos frenéticos que parecem ter saído diretamente de um filme dos Vingadores.

CoD: Black Ops Cold War

A grande novidade aqui inegavelmente é a presença de escolhas. Sim, isso mesmo. A campanha de CoD: Black Ops Cold War possui múltiplas escolhas que mudam o final do jogo. O resultado é positivo e traz um pequeno fator replay para a curta história do game (cerca de 4-6 horas). O ponto negativo é a mudança de engine. Não temos mais o realismo de Modern Warfare, removendo o peso dos confrontos e o impacto de se atirar com as armas. Isto foi pensado com a finalidade de diferenciar os demais títulos. Embora entenda a ideia, eu prefiro o combate mais realista.

O retorno do Modo Zombies

A Treyarch é conhecida por adorar o Modo Zombies de Call of Duty. Responsável por dezenas de eastereggs incríveis (e difíceis), o estúdio decidiu reformular o Modo, entregando uma quantidade avassaladora de conteúdo e melhorias extremamente necessárias. Além do aprimoramento visual, algumas mudanças foram aplicadas na jogabilidade. A principal delas certamente é a implementação de uma barra de HP nos inimigos, mudando a resposta a dano e, claro, reduzindo quase que totalmente a sensação de se estar atirando em esponjas.

Até o momento da escrita desta análise, o único mapa disponível na campanha do Zombies é o Die Maschine. Surpreendentemente, ela foi bastante simplificada em relação aos jogos anteriores, apresentando indicadores claros e objetivos mais simples para se conquistar o easteregg. As coisas mudam quando o modo Dead Ops entra em cena.

O divertidíssimo modo transforma o jogo em um shooter 2D com a câmera isométrica, lembrando os arcades antigos que marcaram o início da Activision. Concluir o modo é uma tarefa que vai exigir uma agilidade e precisão enormes, portanto, prepare-se. Em suma, como falei acima, a quantidade de conteúdo inicial é surpreendente. Espere gastar dezenas de horas nos modos do segmento Zombies.

Multiplayer, a estrela do jogo

Como todo e bom CoD, o multiplayer é a cereja do bolo. Com novos mapas, armas e operadores, o game entrega uma experiência bem diferente da que vimos em MW. Isso acontece por conta da mudança de engine e, acredite, a diferença é colossal. Black Ops descarta quase que inteiramente o realismo, abraçando um gameplay mais arcade.

Até o momento, tenho cerca de 13H de gameplay no modo. O único ponto negativo até então é o evidente desbalanceamento das armas. A MP5 e a AK47 estão um absurdo, derretendo qualquer coisa independente da distância. Outro problema é tempo de ADS (puxar a mira) das Snipers. Está quase que instantâneo e as armas matam com uma única bala. Bom, certamente você deve imaginar a loucura que está.

Vale a Pena?

Em suma, definitivamente sim. O jogo coloca em evidência o motivo de Call of Duty ter se tornando a maior franquia dos jogos e, claro, o shooter a ser batido no mercado. Com uma dose imensa de conteúdo, prepare-se para gastar centenas de horas se aventurando nos campos de batalha da Guerra Fria!

Ruancarlo Silva

Apaixonado por Jogos, principalmente por Indies! Você me encontra lá no Twitter: @ruancarlo_silva

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