Review | Bloodstained: Ritual of the Night

Bloodstained: Ritual of the Night se trata da realização de um sonho de milhões de jogadores mundo afora. O título, viabilizado através de uma campanha do Kickstarter, foi desenvolvido pelo estúdio ArtPlay e dirigido por Koji Igarashi, sim, o criador de Castlevania.

De cara já posso afirmar que o título pode facilmente ser considerado um dos melhores metroidvanias já criados. O gênero, que recebe novos títulos com uma frequência alta, certamente foi revitalizado graças a mais nova criação do mestre Koji. A aventura é protagonizada por Miriam, uma mulher poderosa capaz de absorver fragmentos dos demônios derrotados. A absorção desses fragmentos permite que ela use seus poderes em combates.

Um dos aspectos mais interessantes do jogo surge graças a essa mecânica. Quanto maior for o número de fragmentos absorvidos, mais perto a nossa querida protagonista ficará de se tornar um demônio. Apesar de conter uma lore interessante, o plot do jogo não tem nada de extraordinário, servindo mais como uma entrada que antecede o prato principal: as emocionantes batalhas contra chefes.

Mais robusto do que seus antecessores, Bloodstained: Ritual of the Night permite que o jogador arquitete um emaranhado de builds graças a existência de atalhos rápidos, trazendo agilidade, versatilidade e personalização ao jogo. O game conta com um complexo e rico sistema de habilidades e crafting que sugará horas de qualquer jogador. Vale mencionar que se você prefere focar na pancadaria, é super válido. Dá pra completar o jogo sem criar um único item.

Por falar em pancadaria, Miriam conta com um arsenal interessante de armas para acabar com a existência dos diversos inimigos presentes no título. Chicotes, espadões, botas, facas, lanças.. Cada arma tem suas próprias particularidades e alteram drasticamente o gameplay, portanto, teste todas e veja que equipamento combina melhor com seu estilo de jogo.

Falando em estilo de jogo, o sistema de Fragmentos (Shards) tem uma profundidade interessante e está completamente entrelaçado ao core do jogo. É possível coletar fragmentos que garantem habilidades passivas, outros permitem que você invoque demônios para te auxiliar e por aí vai.

Se tratando de auxílio, durante sua jornada você vai encontrar pessoas que precisam de sua ajuda para realizar determinadas tarefas como derrotar demônios ou coletar itens. Essas missões não impedem o progresso no jogo mas concedem itens e equipamentos poderosos. Como todo bom metroidvania, o jogo conta com um mapa interligado que contém diversos segredos e salas secretas. Felizmente o jogo contém uma quantidade generosa de salas com viagem rápida e pontos de salvamento, diminuindo a tortura que é percorrer o imenso mapa completamente.

Conclusão

Bloodstained: Ritual of the Night é um dos metroidvanias mais competentes já criado! Apesar de não causar nenhuma revolução no gênero, seus sistemas robustos e a jogabilidade deliciosa tornam o título obrigatório para qualquer fã do popular gênero.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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