Review | Blightbound

Blightbound é um jogo bastante peculiar lançado pela Devolver Digital. Estruturando como um dungeon crawler com elementos de RPG, a experiência tem um foco enorme na cooperação entre jogadores. Apesar de ser possível jogar o game sozinho com o uso de bots, o jogo perde o brilho demais com isso, logo, já fica o aviso: se você não curte experiências com foco em co-op, melhor deixar Blightbound passar.

O Início de Blightbound

Desenvolvido pela Ronimo Games, o jogo ficou cerca de um ano disponível em formato de acesso antecipado. Embora o jogo teoricamente tenha atingido um estágio satisfatório para ser lançado, alguns de seus elementos refletem algo diferente.

Os menus são um pouco confusos no console, com um agravante da tela inicial que não permite os jogadores perambularem pelo Refúgio, local que serve como Hub de preparação para as masmorras. A UI também não é muito amigável, carecendo de uma estética mais atrativa aos olhos e de uma maior responsividade.

O jogo também falha em fazer com que os players se interessem pelo mundo e pela lore criada pela equipe, abrindo caminho para que todos se importem unicamente com o combate e a coleta de equipamentos. Outro ponto peculiar é a ausência de uma versão para a atual geração de consoles, automaticamente transformando a experiência em algo defasado mesmo em seu próprio dia de lançamento.

A estrela de Blightbound

Felizmente, o combate de Blightbound é extremamente belo, responsivo, brutal e viciante. O design dos inimigos é muito bem feito, assim como os visuais das armaduras, equipamentos e as animações dos golpes especiais. O estúdio se empenhou bastante nesse quesito, entregando uma experiência premium dentro do gênero.

No total o game conta com três classes distintas: Guerreiro, Assassino e Mago. Dentro de cada categoria de classe temos a presença de inúmeros heróis que trazem uma diversidade bem vasta ao jogo. Diferentemente dos demais exemplares de dungeon crawler, em Blightbound, os jogadores precisam ser táticos e terem uma boa comunicação entre si. A dificuldade do jogo é bastante acentuada, demandando cautela e estratégia por parte da equipe.

Pra facilitar as coisas, os jogadores podem/devem melhorar o nível de Refúgio, habilitando novos mercadores como o Ferreiro para fundir armas e melhorar os equipamentos já criados. Também é possível mudar o nível dos personagens, aplicando pontos de proficiência que aumentam coisas como Dano de Arma, Quantidade de HP e Dano Crítico.

Deslizando nas Masmorras

Blightbound está longe de ser um jogo perfeito. Suas inconsistências podem afastar alguns jogadores, logo, recomendo ler essa parte com atenção. Volto a afirmar que o foco do jogo é se divertir ao lado de mais 2 amigos. Se você está pensando em se aventurar sozinho, recomendo deixar o jogo passar. O game tem um sistema de matchmaking, mas, é difícil achar uma equipe com sinergia para completar as missões dos calabouços.

Por falar em calabouços, apesar de ser um dungeon crawler com inúmeros elementos de RPGs de ação, o jogo demanda que os aventureiros joguem de forma tática. Os inimigos, até quando estão em níveis inferiores, podem te matar facilmente. Logo, não pense que você vai estar pressionando botões sem pensar muito.

Por fim, mas não menos importante, a versão lançada é a de PlayStation 4, deixando bastante a desejar na geração atual de consoles. O game não conta com suporte para o Game Help nem para os recursos do DualSense, tornando-se uma experiência de certa forma defasada mesmo no seu dia de lançamento.

Blightbound: Vale a Pena?

Se você tem amigos para se aventurar no título ao seu lado, definitivamente sim. Arrisco a dizer que este pode ser um dos jogos mais divertidos para se jogar em equipe, muito pelo combate primoroso criado pelo estúdio. Caso você não goste da proposta de jogos co-op, recomendo passar longe de Blightbound, ele não vai te trazer muita diversão.

Este review foi escrito graças a um código de PS4 cedido pela Devolver Digital.

Ruancarlo Silva

Apaixonado por Jogos, principalmente por Indies! Você me encontra lá no Twitter: @ruancarlo_silva

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