Review | Blasphemous

Blasphemous é um jogo de ação em 2D desenvolvido pela The Game Kitchen e publicado pela Team17. O game será lançado amanhã, 10 de Setembro, no PC, Playstation 4, Xbox One e Playstation 4.

Estruturado como um Metroidvania com diversas mecânicas de Dark Souls, Blasphemous é brutal e em alguns momentos, inquietante. Com um forte viés religioso, este indie magnífico é muito provavelmente o jogo mais brutal do ano. Com desmembramentos, cutscenes macabras e um jorramento de sangue desenfreado, se prepare pra uma jornada macabra neste mundo construído de forma impecável.

Um Soulslike Diferente

Graças ao viés religioso, o jogo traz diversas adaptações de estruturas apresentadas na série Souls, porém, de forma que faça sentido no universo construído pelo estúdio. Os upgrades que melhoram nossas habilidades são fixados em um rosário, no lugar de fogueiras temos altares de oração e no lugar de magias e piromancias, nós temos rezas poderosas que trucidam os inimigos.

Infelizmente, o jogo se aproxima muito mais do gênero ação do que o de RPG em si. Apesar dos inimigos concederem Lágrimas, aqui, não temos o famoso grind para upar de nível. As Lágrimas são utilizadas para amplificar os ataques e aumentar a possibilidade de combos. Essas melhorias podem ser feitas nos altares de Mea Culpa, que também servem para aumentar o poder de ataque do nosso protagonista.

Falando em ataque, além das rezas nós só podemos utilizar a espada que começamos o jogo. Não espere por outros tipos de equipamento, o que de certa forma serve como um limitante no game. Apesar de conter um certo nível de dificuldade, os inimigos e até mesmo os chefões do jogo apresentam padrões de ataque bem tranquilos de serem aprendidos, o que não os torna incrivelmente complicados de serem vencidos. O grande vilão do jogo são as armadilhas de espinhos. Diferente de jogos do gênero, se você tocar em uma armadilha, a morte acontece de forma instantânea.

Dando um Up no Arsenal

Infelizmente, a progressão do jogo é um tanto limitada. Graças a ausência de elementos de RPG, não existe variedade de builds, apesar de, claro, ser possível coletar incrementos na forma dos rosários citados acima. Dá pra aumentar o ataque de nossa espada, aumentar nossa quantidade de HP e até mesmo a quantidade de poções que nós temos. Tudo bem similar a Dark Souls.

O game também contém missões secundárias subjetivas que adicionam muitos detalhes na trama e que valem a pena serem feitas, portanto, explore cada seção com muito cuidado e esmero.

Conclusão

Blasphemous é facilmente um dos melhores indies de 2019. Com uma jogabilidade de competência tremenda, um estilo de arte memorável e estruturas que fazem sentido, o jogo é quase que obrigatório para qualquer um que diz gostar de metroidvanias. Apenas duas coisas fazem uma falta tremenda: uma progressão mais próxima de RPGs e legendas em nosso idioma.

Esta análise foi feita com um código do jogo para Playstation 4 cedido pela Team17.

Ruancarlo Silva

Apaixonado por Jogos, principalmente por Indies! Você me encontra lá no Twitter: @ruancarlo_silva

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