Review | Black: The Fall

Black: The Fall é um jogo de plataforma 2D desenvolvido pelo Sand Sailor Studio. O jogo é ambientado em mundo comunista desolado com uma atmosfera tensa. O game está disponível no Nintendo Switch, Playstation 4, Xbox One e PC.

O Enredo

Em Black: The Fall, jogamos com o mecânico Black em um mundo distópico. Após décadas de muito trabalho, Black se vê farto do regime comunista que o persegue e manipula todas as suas ações. Por conta disso, ele começa a planejar a sua fuga durante o seu turno na fábrica.

A medida que Black explora os outros departamentos da Fábrica, ele acaba se deparando com as diversas atrocidades cometidas pelos chefes da empresa. O exterior da fábrica é completamente controlado pela ditadura, onde máquinas fazem a segurança da área e câmeras armadas impedem uma possível fuga.

Com cenas chocantes e perturbadoras, o jogo exibe a humanidade em seu pior momento. Graças ao tema pesado, o enredo do jogo é fantástico e reflexivo, tornando o jogo imperdível. Um detalhe interessante é que as histórias do jogo foram baseadas no comunismo da Romênia, lugar que serve como QG do estúdio que criou o game.

Uma Criatura do Meio

No começo, o jogo não representa nenhum desafio e os puzzles são um tanto simples. Será necessário escapar de guardas ou destruir câmeras de segurança. O que torna o jogo interessante é que a medida que o jogador progride, os perigos do mundo de Black podem ser usados como uma vantagem para o protagonista. É a partir desse momento que os puzzles ficam mais complexos, demandando um pouco mais de planejamento por parte do jogador.

É possível controlar trabalhadores para operar máquinas impossíveis de serem alcançadas ou usar um trabalhador para distrair uma câmera e avançar para o próximo cenário. Os novos elementos na jogabilidade são introduzidos em um ritmo razoável, mantendo o jogador interessado pelo game.

O aspecto mais interessante da progressão do game é que o protagonista acaba se tornando uma criatura do meio, realizando ações um tanto questionáveis para atingir os seus próprios objetivos.

Brilhantismo Técnico

Com puzzles bem pensados, Black também brilha quando se trata das seções de plataforma. A jogabilidade flui bem e o jogo transita entre o 2D e o 2.5D, garantindo uma melhor imersão do jogador. As “seções de pulo” não são difíceis e não devem render muitas mortes. Caso morra, o jogo apresenta pontos de spawn generosos, evitando uma grande perda de progresso.

O estilo de arte do jogo também impressiona, aumentando ainda mais a imersão. O estúdio acerta em cheio no uso das cores, entregando uma atmosfera desoladora. O visual se funde bem com a trilha sonora, criando a sensação de urgência e de ameaça a cada instante. O Sand Sailor Studio fez um trabalho impressionante, visto que este foi o primeiro projeto da empresa.

Conclusão

Existem jogos que podem ser considerados uma obra prima e felizmente, Black: The Fall é um deles. Com um enredo reflexivo, puzzles bem pensados e uma parte técnica impecável, Black: The Fall é uma experiência imperdível. O primeiro projeto do Sand Sailor Studio foi um grande acerto e que não sairá da minha mente por um bom tempo.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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