Review | Black Mirror (THQ Nordic)

Para quem não conhece, Black Mirror é uma franquia de jogos point-and-click lançados para PC nos anos 2000. Após a trilogia original, a franquia ficou 6 anos sem receber um novo jogo.

Desenvolvido pela King Art Games e publicado pela THQ Nordic, o novo jogo da franquia apresenta uma releitura dos jogos anteriores, apresentando mudanças em sua jogabilidade.

O jogo é protagonizado por David Gordon, um jovem herdeiro de uma mansão nas Terras Altas escocesas. Ao descobrir os detalhes da morte misteriosa de seu pai, David decide visitar a propriedade da família para descobrir o que de fato aconteceu.

A narrativa é o principal atrativo do jogo, e, para a felicidade de todos, a história é bem escrita e apresenta reviravoltas incríveis. A medida que os jogadores progridem no jogo, é possível aprender um pouco sobre as antigas tradições gaélicas, servindo também como uma boa adição cultural. Um elemento positivo do jogo é a qualidade da dublagem dos personagens, evidenciando o dialeto escocês dos personagens.

Para progredir no jogo, é necessário explorar a mansão, falar com os residentes e resolver puzzles. O jogo apresenta um QuestLog que serve para auxiliar os jogadores no que fazer, porém, muitas vezes o QuestLog se prova inútil. A descrição dos objetivos muitas vezes é vaga, fazendo com que o jogador explore a casa sem saber o que fazer.

Para resolver o mistério acerca da morte do pai, é possível conversar com os residentes da mansão. As opções de dialogo são básicas e as escolhas praticamente não apresentam impacto na conclusão da história. No entanto, para os caçadores de troféus, existem conquistas ligadas a escolhas específicas, então é bom ficar atento.

Os problemas de Black Mirror

É no quesito exploração que Black Mirror encontra os seus maiores problemas. O jogo apresenta uma jogabilidade terrível. O personagem anda bem devagar e toda área apresenta tempo de carregamento. Falando nos famosos loadings, eles representam o defeito mais irritante do jogo: ao entrar em cada área, existe um tempo de carregamento que pode chegar a 30-40 segundos. A campanha dura cerca de 6 horas, sendo que 20% desse tempo é gasto nos loadings do jogo.

Apesar de apresentar um trabalho impecável com as vozes dos personagens, o mesmo não pode ser dito das expressões faciais. Os personagens permanecem com expressões estáticas, prejudicando a experiência do jogo.

Conclusão

Apesar da jogabilidade um pouco travada e dos constantes loadings, Black Mirror entrega uma história competente e intrigante, além de abordar as antigas tradições gaulesas. Para quem preza por um bom enredo repleto de reviravoltas, o jogo é uma opção a ser considerada.

 

 

 

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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