Review | Attack on Titan 2

Shingeki no Kiyojin, ou Attack on Titan, foi um mangá criado por Hajime Isayama em 2009. A história gira em torno do personagem Eren Yeager em um mundo onde a humanidade vive rodeada por enormes muralhas para se proteger de criaturas gigantescas, os Titãs. A história narra a luta da humanidade para recuperar seu território, e esclarecer os mistérios ligados ao aparecimento dos Titãs. (Se ainda não conhece o anime, confira nossa recomendação)

Com o sucesso do anime, não demorou até que a obra conquistasse outras mídias como os filmes live-action e os games. Agora, em seu segundo jogo, Attack on Titan 2, a franquia luta para se firmar ainda mais no mundo dos jogos.

Assim como o primeiro game, A.o.T.2 adapta a história desde o seu início. O game vai recontando a história do 104º batalhão desde seu treinamento, até os eventos da segunda temporada do anime. Contudo, diferente do primeiro, aqui você criará o seu próprio personagem que tomará parte na história junto com Eren, Mikasa, Armin e os outros.

A ideia de inserir um personagem inteiramente novo na trama é bem interessante, principalmente porque rende diversas cenas em primeira pessoa que são absolutamente incríveis. Ademais, a ideia de estar entre os personagens célebres da série é bem empolgante.

Início lento

Por se tratar de um jogo bem story driven (movido pela história), A.O.T.2 acaba tendo um início bem lento. Cheio de diálogos e de missões cotidianas para explicar as diversas funcionalidades do game, o começo pode ser bem lento e até mesmo enfadonho.

Além das missões onde os soldados devem enfrentar os Titãs nas invasões, existem outras side quests que envolvem relacionamento com os personagens, ou algumas outras mais “administrativas”. Durante o jogo, estas não chegam a incomodar, no entanto o início pode se tornar um pouco arrastado.

Depois só alegria

Passadas as partes de treinamento e explicações, o jogo toma outro ritmo. As missões de impedir as invasões dos Titãs são extremamente divertidas. Andar pela cidade usando o aparato dos personagens é viciante. Obviamente, existem algumas falhas, como alguns ganchos prendendo no céu, mas nada que tire a emoção do game.

Os ataques aos titãs funcionam de maneira semelhante ao primeiro game. Com pontos vitais, o jogador pode acertar alguns para enfraquecer o gigante antes de partir para o ataque mortal na nuca, ou seguir direto para o abate. A logística funciona bem, apesar de em alguns momentos aparentar ser confusa e truncada. Mas, de modo geral, o jogo flui bem neste quesito com poucos problemas.

Recontando a história

Como já dito, A.O.T.2 se propõe a recontar toda a história da série até o final da segunda temporada. Para alguns, isto pode soar cansativo, especialmente os que não acompanham o anime/mangá. Por outro lado, é interessante ver momentos célebres da série por outra perspectiva amarrados à narrativa completa que é contada no game. Deste modo, apesar de contar algo que não é novo, o game sempre nos introduz uma nova perspectiva sobre algumas coisas.

O fato de ter um personagem novo no grupo também torna mais interessante. A forma como o game consegue nos colocar em situações importantes sem necessariamente mudar o curso da série é bem competente, tornando o game bem fiel apesar da novidade.

Se armando para o combate

Outro ponto positivo do game é a possibilidade de se aprimorar os equipamentos ou adquirir itens novos, algo que vemos pouco no anime. Assim, o jogo consegue manter um senso de crescimento e progressão à medida em que avançamos na história.

O uso de equipamentos também tem uma logística que incrementa e exige estratégia do jogador, já que há um limite de uso. As bombas de gás que projetam o jogador no ar e as lâminas das espadas vão se desgastando e precisam ser trocadas. Contudo, o jogador carrega apenas certa quantidade consigo, precisando buscar no cenário locais onde possa se reabastecer.

No Nintendo Switch

Na versão que experimentamos, do Nintendo Switch, o game rodou extremamente bem, com gráficos competentes e sem engasgos. A possibilidade de ter o jogo portátil é sempre uma vantagem extra que agrega muito. No entanto, por conta das durações das missões, o jogo não favorece as jogadas rápidas, exigindo um pouco mais de tempo livre do jogador.

De todo modo, a versão do console da Nintendo não é inferior às demais e ainda conta com o recurso extra da portabilidade.

Conclusão

Attack on Titan 2 é um jogo extremamente divertido e eletrizante. Contudo, é possível que o game agrade mais aos fãs da franquia do que àqueles que não a conhecem. Investindo muito na narrativa e no lore do game, é difícil ver alguém que nunca assistiu ou leu se apaixonando pelo produto.

A Koei Tecmo mostrou entender do anime e fez um jogo voltado para os fãs. Dito isto, os fãs se verão extremamente satisfeitos com o jogo. Reviver as aventuras de Eren e seus amigos em diversas missões é uma experiência incrível.

Attack on Titan 2 está disponível para PS4, Xbox One, PC e Nintendo Switch.

Esta review foi feita com uma cópia do jogo para Nintendo Switch cedida pela Koei Tecmo.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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