Review | Assassin’s Creed: Origins

Assassin’s Creed: Origins é o novo jogo da ambiciosa franquia da Ubisoft. A série passou um tempo em hiato para trabalhar com problemas como o desgaste e dificuldades técnicas dos jogos passados.

O novo título chega com a importante missão de resgatar a qualidade da saga e provar que a Ubisoft é totalmente capaz de criar experiências memoráveis. Para a felicidade de todos, Assassin’s Creed Origins é um hit mais do que certeiro. Abaixo destacamos, de forma dinâmica, os pontos positivos e negativos da nova obra da saga.


Pontos Positivos:

1. Ambientação: A ambientação de Assassin’s Creed Origins impressiona e prende a atenção dos jogadores. Com cenários icônicos como as Pirâmides de Giza, a grandiosa Alexandria e o Delta do Rio Nilo, o jogo de fato funciona como um teletransporte para o Egito Antigo. Outro fator que contribui bastante na imersão do jogo é o motor gráfico escolhido pela Ubisoft. Os gráficos estão de cair o queixo!

2. Enredo: Outro grande elemento do jogo. Com uma narrativa mais séria, mais uma vez focada em Vingança, a Ubisoft entrega uma experiência inesquecível que conta a história de Bayek e o surgimento do Irmandade dos Assassinos. Como já é de costume na série, é possível avistar personagens históricos como Cleópatra, Júlio César e Ptolomeu. As missões secundárias também foram bem pensadas e muitas estão recheadas de conteúdo sobre a História e a religiosidade egípcia.

3. Combate Repensado: Uma das principais queixas sobre os jogos da franquia é que eram repetitivos. Em virtude disso, a Ubisoft decidiu repensar toda a experiência dos jogadores da saga. O combate foi totalmente redesenhado, inspirando-se em jogos como Dark Souls e For Honor. O arco e flecha também ganhou seu lugar ao Sol e é um elemento fundamental do jogo. Os desenvolvedores tiveram o cuidado de pensar em cada estilo de jogo, produzindo tipos diferentes de armas de curto e longo alcance.

4. Elementos de RPG: Outra ótima decisão da Ubisoft. Assassin’s Creed Origins contém diversos elementos de RPG que aumentam a longevidade do jogo, além de adicionar toques de personalização. O jogo usa um sistema de loot inspirado em jogos como Diablo contendo itens de raridades diferentes. Existe também um sistema de craft que permite aprimorar itens e armaduras. A árvore de habilidades é robusta e permite abordar o combate de formas distintas.

5. Diversidade de Atividades: Assassin’s Creed Origins conta com um leque de atividades que aumentam a longevidade do jogo. É possível explorar tumbas, enfrentar animais em seus habitats, resolver enigmas, assaltar comboios transportando recursos, assassinar capitães de navios, correr no Hipódromo e participar de combates intensos nas Arenas. As atividades fluem de maneira natural e são bem intuitivas. Apesar dos desenvolvedores se inspirarem bastante em The Witcher 3, eles conseguiram trazer um pouco de originalidade ao jogo.

A Ubisoft também mostra coesão como estúdio ao aproveitar elementos interessantes de outros jogos, como foi o caso de Senu, falcão usado por Bayek para ter uma visão mais ampla do cenário, que é uma referência clara à utilização dos drones no excelente Watch Dogs 2, que também serviu de inspiração em Ghost Recon: Wildlands.

6. Choque de Culturas: Um elemento bem explorado no jogo é a cultura e história do Egito Antigo. Bayek tem ligações profundas com a religiosidade de seu povo e isso é mostrado de forma inteligente no game. Os Gregos e os Romanos também marcam presença no vasto território do jogo, causando um interessante choque cultural. Em uma missão, um antigo amigo de Bayek revela que adotou um nome grego e se desvinculou dos Deuses Egípcios, causando irritação no protagonista. O fenômeno da Globalização pode ser mais antigo do que imaginávamos.

Missão para resgatar Aristóteles

7. Senu, a Águia-Drone: Uma adição um tanto peculiar no jogo. Agora temos uma Visão de Águia literal. Senu é a fiel companheira de Bayek, servindo como uma espécie de Drone na aventura. Uma mecânica similar foi utilizada em outro jogo da Ubisoft – Ghost Recon: Wildlands.


Pontos Negativos:

1. Trilha Sonora Inexpressiva: Assassin’s Creed Origins é um jogo ambicioso e com certeza é um dos melhores da geração. Com uma ambientação que beira o perfeccionismo, o jogo não teve uma trilha sonora à altura. Com faixas inexpressivas, as faixas escolhidas falham em impactar o jogador e não adicionam em nada na experiência.

2. Problemas Técnicos: Ao visitar Alexandria, a cidade mais bonita que já vi em um jogo, tive alguns problemas envolvendo renderização e glitches. A cidade é cheia de detalhes e super povoada, exigindo muito do hardware dos consoles.

3. Glitches nas animações faciais: O defeito que mais me incomodou no jogo. As animações faciais in-game são estranhas, algo que não é exclusivo à Ubisoft. De todo modo, é interessante notar como expressões e animações faciais nem sempre tem a atenção que merecem.


Conclusão:

Assassin’s Creed Origins não só é o melhor jogo da franquia, como é um dos melhores jogos da geração atual. As escolhas certeiras da Ubisoft possibilitaram a criação de um jogo envolvente, divertido e inesquecível. Com um game story driven e uma jogabilidade reinventada e extremamente competente, Origins é uma experiência riquíssima.

Indicação máxima para todos que são e não são fãs da franquia.

Assassin’s Creed Origins está disponível para PS4, Xbox One e PC.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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