Game of Thrones | Joh Boyega reclama da falta de representatividade na série e em Senhor dos Anéis

Com a estreia da sétima temporada, Game of Thrones volta a ser o assunto do momento e o principal alvo de discussões, sejam elas boas ou ruins. Agora, foi a vez da representatividade na série, onde John Boyega, o Finn da nova trilogia de Star Wars, demonstrou desgosto em uma entrevista à GQ.

“Não tem nenhuma pessoa negra em Game of Thrones. Você também não consegue ver uma pessoa negra em O Senhor dos Anéis. Eu não estou pagando pra assistir o mesmo tipo de pessoa toda vez no cinema. Nós vemos pessoas de diferentes culturas e lugares todos os dias. Ainda que você seja um racista, você tem de conviver com isso. Nós podemos provocar as pessoas.”

Esta não é a primeira vez que alguém reclama sobre falta de representatividade Étnica na obra. George R.R. Martin, autor da obra, já respondeu essas críticas afirmando que a série se passa em uma antiguidade onde o mundo não é tão diverso quanto o atual. O autor também afirmou, naquela oportunidade, que a série tem sim personagens negros que terão papéis ainda mais importantes nos próximos livros.

“Westeros em 300 AC não é nem perto do quão diverso é a América do século 21, claro… Mas dito isso, eu tenho personagens ‘de cor’ que terão papéis mais importantes nos Ventos de Inverno. Admito que sejam personagens secundários e terciários, mas não sem importância.

Obviamente, estou falando dos livros aqui, e você está falando da série, que são coisas separadas. Eu acho que a HBO, David e Dan estão fazendo o que podem para promover a diversidade, como visto na escalação do ator que interpreta Areo Hotah, mencionado por você. Claro, Hotah é um guarda… Mas ele também é um dos personagens que tem pontos de vista  nos livros, um guerreiro leal e fiel.”

Vale ressaltar que estas obras muitas vezes são construídas em cima de um contexto, o que pode ocasionar a dita falta de representatividade, que agride alguns telespectadores. J.R.R. Tolkien escritor de O Senhor do Anéis não era racista, muito pelo contrário. O autor, que é Sul Africano, sempre se manifestou contra o Apartheid, tendo morrido sem ver o seu fim. Representatividade é de fato muito importante, mas cada obra funciona em contextos diferentes.

E você, acha que a série deveria se preocupar mais com a diversidade? Deixe sua opinião.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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