Eu vi: Lincoln
Quem escreve aqui, mais uma vez, é a Gabi (caso você não tenha entendido, a namorada do Biel). Mas bom, fui assistir Lincoln ontem e adianto que para quem gosta de história e de um bom filme é uma boa pedida.
Lincoln é um filme de Spielberg que abrange os quatro últimos meses de vida do presidente. A obra se passa durante o período da guera civil americana (Django se passa dois anos antes da guerra) e enfoca o drama que é a tentativa de aprovação da 13ª emenda constitucional, que garantiria o fim da escravidão. Essa já havia sido votada antes e rejeitada e sua aprovação dependia do voto positivo de 2/3 dos parlamentares. Lincoln então, bem interpretado pelo ator Daniel Day-Lewis, parte em uma caça à esses votos visto que o momento histórico é de fundamental importância e muito conveniente para a realização da eleição: a ausência de parlamentares envolvidos com a guerra, os confederados, permite a possibilidade de vitória. O filme então segue então com uma série de artimanhas políticas e muita, muita sujeira.
É muito interessante notar as diferenças históricas no processo abolicionista americano para o brasileiro, confesso que foi o que mais me interessou no filme. Existe também um dilema moral: Muitos que apoiavam o fim da escravidão ainda não concordavam com a igualdade racial completa, o que gera um diálogo muito frágil e delicado, liderado com maestria pelo protagonista. Vale a pena citar que Tommy Lee Jones dá um show e rouba a cena ao longo do filme, o que fará a decisão do Oscar para ator coadjuvante particularmente difícil esse ano.
É um filme que valeu a pena ter ido assistir e que me fez refletir bastante sobre lutar e como lutar pelo que consideramos relevante, além da importância de saber como as decisões são tomadas, porque a ignorância anda de mãos dadas com a submissão. Apesar disso, há uma falta de dinamismo em algumas partes, mas nada que atrapalhe muito, mas que me desanimou em relação ao grande competidor do Oscar, com 12 indicações.
Fica um pedacinho do discurso de Lincoln aqui, porque me lembrou um filme muito querido que é V de Vingança:
“[…] que esta Nação, com a graça de Deus, renasça na liberdade e que o governo do povo, pelo povo e para o povo jamais desapareça da face da terra.”