Crítica | Thor: Amor e Trovão (Sem spoiler)

Se existe um personagem grande que lutou muito para encontrar o seu tom no MCU, foi o Thor Odinson. O personagem que começou com tramas shakesperianas e um ar mais sério, aos poucos foi se tornando algo mais cômico e que acabou por encontrar o seu lugar nas mãos do celebrado diretor Taika Waititi (Jojo Rabbit, O Que Fazemos nas Sombras), cuja veia cômica é muito forte, com Thor: Ragnarok.

Agora, o personagem retornar em um novo filme solo novamente assinado por Waititi e com o objetivo de levar o personagem à frente… ou apenas trazer momentos cômicos?

RagnaRock

A mudança de tom em Thor: Ragnarok foi questionada por muitos. Com o humor de Waititi que é menos convencional e diferente das piadotas conhecidas da fórmula Marvel, o filme causou estranheza em muitos e levou um tempo maior para que se entendessem a nova proposta do personagem que sempre foi um dos mais poderosos do MCU.

Thor: Amor e Trovão não é diferente. No entanto, com o sucesso de Ragnarok a Marvel parece ter dado mais espaço pra Taika explorar, o que resultou em um longa com mais humor, diálogos irreverentes e momentos emblemáticos em detrimento de uma história solta e não tão bem contada.

Gorr, o Carniceiro dos Deus: Quem é o vilão interpretado por Christian Bale  em Thor: Amor e Trovão?

Kratos da Marvel

O vilão da vez foi o Gorr, O Carniceiro dos Deuses, cuja missão é aniquilar todos os deuses existentes, interpretado por Christian Bale (O Cavaleiro das Trevas, Psicopata Americano), que entrega um personagem assustador e que cumpre bem o seu papel.

A construção do personagem também é interessante, já que ele possui um arco próprio ao longo do filme e que torna a conclusão bem coerente com a jornada do vilão, apesar de pouco surpreendente.

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Momentos WOW

Apesar dos deslizes Thor: Amor e Trovão de fato entrega momentos que vão encher os olhos dos fãs. Tem referências, memes, piadocas, diálogos pouco convencionais e tudo que boa parte do público gostou em Thor: Ragnarok, sem necessariamente ser uma repetição de fórmula. As cabras que gritam são realmente um dos pontos altos do longa, bem como a presença da trilha sonora que usa e abusa de Guns and Roses.

Contudo, apesar de ao final você notar que há mudanças no status quo do personagem principal, você não consegue sentir uma construção com bases sólidas para tal. A sensação de que fica foi de ter assistido esquetes montadas que tentam compor uma história.

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Conclusão

Thor: Amor e Trovão é aquele caso de filme que tica vários itens da lista que fazem um filme ser muito bom, mas não consegue de fato entregar essa experiência. É um espetáculo visual, tem diálogos acertados, piadas bem feitas, referências, mas no fim das contas a sensação é de estar se comendo uma comida com pouco sabor. Apesar de tudo, o filme entrega uma história que não se sustenta e parece pouco solta e coerente.

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.