Crítica | Rocketman

Não há dúvidas que as décadas de 60, 70 e 80 formam um período único para indústria musical. Com artistas lendários como os Beatles, Queen, Rolling Stones e David Bowie, o período tinha criatividade em excesso e um público sedento por novidades.

Dentre estas lendas, encontra-se Elton John. Batizado Reginald Dwight, o jovem de Liverpool tornou-se um dos maiores ícones da música, batendo diversos recordes de vendas de discos ao longo dos anos.

Rocketman, filme dirigido por Dexter Fletcher, mesmo diretor que concluiu a produção de Bohemian Rhapsody após a demissão de Bryan Singer, conta de maneira muito própria a história do cantor indo de sua infância até a sua marcante luta contra as drogas.

Your Song

Diferente de Bohemian Rhapsody, Rocketman não é um filme com músicas, mas sim um musical de fato. Com diversos momentos onde a música domina toda a cena, os figurantes dançam e o cenário se transforma em um espetáculo de efeitos, o longa traz muita inspiração dos musicais teatrais, extravasando o conceito de um filme sobre música.

Em muitos momentos, as canções de Elton John tomam a responsabilidade de narrar os eventos da sua vida, enquanto o longa traz números musicais com coreografias, efeitos e até mesmo metáforas. Para estes momentos, o longa abusa da criatividade, trazendo números marcantes em conjunto com versões bem interessantes das canções de John.

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Goodbye Yellow Brick Road

Uma das maiores surpresas do longa é a atuação de Taron Egerton, que fez fama ao interpretar o Egsy em Kingsman. Aqui, o ator traz uma interpretação muito mais complexa e intensa, além de cantar em todas as versões das canções do filme.

Os momentos trágicos e as relações conturbadas da vida de Elton John foram uma escada para que Taron demonstrasse seu potencial como ator, que certamente ainda o levará longe.

Vale também mencionar a excelente atuação de Bryce Dallas Howard (Jurassic World, Black Mirror), que interpreta a mãe do cantor.

Candle in the Wind

Misturando entre momentos bem humorados e momentos bem dramáticos, o longa conta a intensa história do cantor de maneira sensível e crível. As atuações entregam as emoções de forma natural e sincera.

O que pode afastar muitos são os momentos de flerte com o gênero musical, onde o filme abre mão da verossimilhança em favor do espetáculo. Já para os familiarizados com o gênero, estes momentos serão um excelente atributo.

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The Bitch is Back

O longa tem coragem de mostrar um lado mais sombrio do cantor que sempre optou por se vestir de forma bem colorida e extravagante. Apresentando uma faceta do cantor conhecida por poucos, o filme traz o lado humano de Elton John ao mesmo tempo em que constrói a lenda.

Conclusão

Rocketman conta uma história incrível e conhecida por poucos de uma das maiores lendas da música. Sem medo de mostrar momentos chocantes, o filme não só presta homenagem a Elton John mas apresenta ao público o seu lado humano.

Seja você fã do cantor, de musicais, ou apenas de música, o filme certamente renderá um ótimo espetáculo.

Rocketman está

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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