Crítica | Rascal Does Not Dream Of Bunny Girl Senpai

Se você gosta de extrair conteúdo/aprendizado de animes para a sua vida, o Seishun Buta Yarou, ou na tradição literal, “Adolescentes porcos e idiotas não sonham com garotas coelhinhas veteranas” certamente será um dos simples e fofos aprendizados levará para a vida.

Escrito por Hajime Kamoshida (roteirista do Mobile Suit Gundam: Iron Blooded Orphans), a animação gira em torno da vida de Sakuta Azusagawa, um estudante do ensino médio que sofre um acidente e ao mesmo tempo presencia a sua irmã sofrer bullying na escola e tomar pavor do mundo externo. Para completar, ele encontra garotas que se tem a “síndrome da puberdade” que é um fenômeno causado pela instabilidade mental (ou talvez falta de maturidade).

A partir destes acontecimentos, o garoto se isola das pessoas que criam boatos e histórias mirabolantes sobre o ocorrido com ele, além de julgá-lo indevidamente. Com poucos amigos e com uma vida monótona, a história de Sakuta permanece desta forma, até que, um dia, visitando uma biblioteca, ele encontra uma garota vestida de coelhinha.

Completamente estranho e louco, não acha? (Pois agora vai ficar muito melhor!)

Porém, o fato é: somente ele consegue enxergar essa menina. Será que ele está louco? Será que ela é um espírito? O que está acontecendo? Bem, a partir daí você terá que assistir pra entender o que estamos prestes a falar aqui.

O anime é incrivelmente divertido e de forma alguma te levará pro lado ecchi da coisa. Muito pelo contrário! Ele apresenta personagens com backgrounds corajosos, bem amarrados e com personalidades fortíssimas! Parêntesis especiais para o Sakuta e a Mai, que são o que você mais vai querer ver no anime!

Mas somente isso enche barriga? Jamais! Com uma forma repetitiva de apresentar os fatos, você não se incomodará em acompanhar o desenvolvimento da história, pois, em cada episódio algo novo é apresentado. Isto posto, em meio a tanta coisa nova, temas reais e comuns, são abordados de maneira carinhosa e inteligente durante cada episódio, sem que você perca a sensação do dia a dia e do desenvolvimento dos personagens.

A forma como eles abordam a “sindrome da puberdade” é deveras interessante, pois, além de deixar as situações muito parecidas com o cotidiano real, existe uma mistura de ciência por trás dela, que deixa o espectador curioso para buscar a “cura”. E é nessa parte que o anime faz você se identificar e ficar comovido. Pois ela não é tão simples como parece, até mesmo na vida real (dadas as devidas circunstâncias, né?!).

Mas qual a mensagem do anime? Por ser um anime humano, entendemos como são as coisas e sentimos na pele o que o Sakuta passa no seu dia a dia. Suas experiências e as diversas situações que ele se encontrará, te farão refletir sobre diversos fatores que possam estar errados ou até despercebidos na sua vida.

Como citado anteriormente,os temas cotidianos estão presentes mesmo na trama sobrenatural, mas o que fará a diferença na animação, será a forma como os personagens lidam com a puberdade e o universo de sentimentos e situações que ela traz consigo. Posso até spoilar um pouco e dizer: lidam de forma simples e pura. Sem influencia “negativa”.

Isso traz uma beleza, talvez única, para a trama. A forma como os personagens interagem, sofrem, aprendem e superam todas as adversidades que lhes são apresentadas, ajudam de maneira (novamente) pura, o espectador que gosta de um drama cômico, com um toque científico/sobrenatural bem discreto e elegante.

Um anime que com certeza deveria ser assistido por muita gente. Ele está disponível no Crunchyroll e conta com 13 lindos episódios! Em 2019, provavelmente no verão japonês (entre junho e julho), o anime adaptará um filme.

O Capacitor dá nota 4,5 para Rascal Does Not Dream Of Bunny Girl Senpai. Ele está disponível no Crunchyroll e conta com 13 lindos episódios!

Pedro Cardoso

Editor do Capacitor, apaixonado por games, filmes e literatura sci-fi/fantástica.

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